sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

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Meet You In Paris by Ruama Gomes

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Capítulo Um- Intercâmbio

3 horas da manhã, o sol nem sonhava em aparecer e agora tudo estava decidido. entrava em meu quarto com um sorriso estampado na cara.
- É hoje - me espreguicei sonolenta pelo meu curto cochilo e gargalhei instantaneamente.
- Paris- disse boba com minhas próprias palavras. – Nós estamos indo a Paris- soltou um grito que já estava preparado ali em sua garganta.
- Vamos , temos que estar no aeroporto as 4hrs e 20min.- assenti saindo cambaleante até o banheiro da minha suíte que eu tanto sentiria falta.
- To te esperando lá na sala- ela berrou já saindo do quarto. Tomei um banho quente por estarmos numa época frienta do ano, no Rio de Janeiro. Lavei o cabelo, cantei umas músicas de Jonas que vieram à cabeça, e enfim saí para me arrumar.
Peguei minhas malas já prontas e vesti a roupa que estava separada em cima do sofázinho.
- Vamos logo- pulou do sofá da sala e pegou suas duas malas.
- Documentos?- arqueei a sobrancelha
- Confirma- ela respondeu.
- Chicletes?
- Confirma
- Bolsa, maquiagem, escova de dente, pente, absorvente, pasta de dente, secador, chapinha?- ela contou nos dedos e gritou.
- PERAI!- correu em direção do seu quarto e logo voltou com uma escova ainda fechada na caixinha.
- Haha- ri dela
- Ok, agora sim, vamos!- assenti rindo e descemos do prédio. Eu e morávamos em um prédio localizado no Flamengo. Cursávamos a faculdade de veterinária na Estácio e fizemos um teste para uma faculdade em Paris.
Nossos pais moravam em outros estados e não estariam aqui para se despedir, infelizmente.
Pegamos o primeiro táxi que passou e fomos para o Galeão. ligava para todos seus “ficantes” e se despedia.
Eu mexia no iPad vendo as fotos da nossa estagia. A senhora, dona da casa onde ficaríamos, mandou fotos dela e de sua família para nos acostumarmos. Não seria difícil, na verdade nós erámos muito sociáveis e não tínhamos problemas em conhecer pessoas.
- Quarenta e sete reais- o taxista me tirou dos meus devaneios e o paguei. Ele tirou nossas malas e nos desejou boa viagem, acho que ele ficou afim da ...
- Vamos logo fazer o check-in. - a puxei enquanto ela tagarelava no celular e arrastava as malas arrancando olhares masculinos. era linda, e se arrumava muito pra ser notada. Entramos na fila de check-in e até que não demorou muito para chegar nossa vez.
Tivemos que pagar peso extra e finalmente fomos pro saguão de embarque.
- Já são 4 e 15.- falou assim que desligou o celular.
- Vou comprar um capuchino, quer?- ela concordou e eu fui comprar o café
- Olá- um cara com um sotaque bizarro se se encostou à bancada do Starbucks do meu lado.
- Olá- respondi com uma risada. Ele percebeu que eu ria dele e pareceu indignado.
- Está indo para?- Mas como ele conseguia falar? Eu tenho certeza que ele não é nem de longe da América do Sul.
- Paris- dei ombros- Obrigada- peguei os cafés e segui de volta para .
- Paris- ele sussurrou quase inaudível num sotaque que eu sabia ser americano. Eu não queria encara-lo, acho que estava com vergonha...
- Eu tenho que ir- respondi rápido o deixando pra trás. tirou os olhos de seu iPhone e pegou o café, me lançando aquele olhar malandro.
- Que é?
- Quem era aquele deus grego com você?- ela fez um sorriso de canto de olho típico de .
- Pode parar Cabilau!- gritei seu apelido constrangedor. Quando era pequena, ela ganhou um macaco de pelúcia e o chamou de Cabilau. Acontece que seu pai decidiu a chamar assim. Bom, ninguém realmente a chamava assim, somente os conhecidos. E claro, sua melhor amiga que ama constrangê-la.
- Cala a boca- ela sussurrou.
- Ok, ele era uma americano, não conversamos muito. – mudei logo de assunto e ela deu ombros.
“Chamada para o voo 78344 com destino à Paris, sem escalas, embarque no portão 5”.
Eu e nos levantamos eufóricas e entramos na fila de embarque. Devo admitir que a fila estava minúscula e logo entramos no avião. Eu adorava aquele clima de “viagem”, aquele cheiro do avião e o barulho de mochilas sendo guardadas no bagageiro. Nos sentamos nas poltronas da área executiva. Nossos pais decidiram pagar nossas passagens. Eu estava doida pra descer em Paris, e agora faltavam 11hrs.

’s POV

Eram 4 e alguma coisa da manhã, e estávamos no aeroporto do Rio de Janeiro. roncava sentado ao lado de Frankie e estava jogando PSP. Tínhamos entrado no avião há 10 minutos e eu não conseguia parar de pensar naquela garota do Starbucks. Não sei se ela realmente me viu ou simplesmente não me reconheceu, mas o jeito que ela sorriu ouvindo meu sotaque e o jeito que ela se envergonhou falando comigo, foi o suficiente para que eu quisesse encontra-la de novo. E eu ia, eu a encontraria em Paris.

’s POV

me sacudia me mandando acordar.
- Tá bom- reclamei exausta, mas então me lembrei de onde estava e pulei da cadeira.
- Sim, caiu a ficha?- ela pegou sua bolsa e esperamos as pessoas passarem pra sairmos.
- Soyez la bienvenue à Paris! *Seja bem-vinda à Paris* – Bebe sussurrou quase caindo para trás.
- Cela ressemble à un rêve *Parece um sonho* - ela me olhou alegre e fomos de braços cruzados para a esteira de malas.
Pegamos as quatro malas e saímos. Procuramos uma senhora loira com cabelos quase brancos e encontramos a mesma ao lado de um homem alto e gato que fez vibrar. Ele segurava uma placa escrita e .
Fomos até eles e Anne sorriu simpática. (n/a: A partir de agora as falas em português ficarão em itálico)
- Meninas, vocês são mais bonitas pessoalmente!- Anne Marie era uma senhora bem reservada e tinha o sotaque francês mais lindo que eu já ouvira. a abraçou esquecendo que aqui os costumes são diferentes. O garoto gato ao lado dela sorriu e se apresentou para mim.
- Sou Jean, prazer - ele apertou minha mão e sorriu, ele tinha um sorriso lindo. me tirou da frente dele com um empurrão e falou
- , mas me chame de .- eu acho que ele já estava caído por ela, sério, ele parecia um bobão agora. Anne riu e pegou uma mala de minha mão.
- Não precisa! – ela me olhou mandona e a puxou mais forte, então a deixei levar uma.
- Meninas, vamos primeiro para casa, se vocês quiserem passear, Jean já está livre para leva-las a todos os lugares. – sorriu abertamente enquanto íamos para a saída do aeroporto.
- , olha, o garoto do Rio- Assim que falou isso, eu virei para onde ela olhava, lá estava ele, e MEU DEUS! Eu acho que congelei no chão, olhei pra de novo e ela estava tão assustada quanto eu. Eram 6 pessoas, 6 pessoas conhecidas demais. Paul, Denise, , , Frankie e ele Jonas. Meu coração batia forte, não podia ser verdade, não era ele que estava no Rio, não era.
- Vocês estão bem meninas?- Anne parou no meio do caminho e eu ofeguei.
- Vimos alguns conhecidos- sussurrei, voltei a atenção para Anne e sabia que eu não podia dar uma de fã agora. Infelizmente foi uma chance jogada fora. me incentivou a continuar andando e fomos para o carro. Ótimo, eu nunca mais veria Jonas na minha vida.
Chegamos na casa de Anne e era muito maior do que aparentava nas fotos. Era linda, tinha uma paisagem para um campo e o clima causava um efeito neblina no ar. Respirei fundo e pulou em mim na varanda.
- Garota. Você é gorda - reclamei rindo.
- Também te amo - ela me deu língua - Menina, aquele homem é um deus!
- Já percebi que você tá caidinha. Agora presta atenção amiga, nós estamos em Paris, num intercâmbio, pra fazer faculdade e na casa deles- apontei pra dentro, ela desmanchou o sorriso e continuei- Não magoe o francês, pode nos prejudicar
- CREDO CRIATURA - ela berrou um pouco sentida. - Eu não vou fazer isso! Não fale como se eu tivesse a intenção todas as vezes.
- OK! - bufei- só toma cuidado
- , ...- Jean apareceu na varanda e sorriu- Querem sair? – olhei para minha cumplice super feliz e gargalhamos, acho que o querido Jean achou estranho.
- Temos que trocar dinheiro, fazer compras, passar na faculdade, ver a torre...- dizia enquanto arrastava o coitado para a saída. Ele me olhou rindo e assustados.
- As brasileiras são assim querido- levantei os braços e rimos mais um pouco.

Capítulo Dois- Gotta Find You

Jean já devia ter se arrependido de nos oferecer um passeio. Estávamos na décima terceira loja de sapatos e parecia não querer parar tão cedo. Vi uma loja de instrumentos e os avisei que ia lá dar uma olhada. Não havia levado minha guitarra pois pensei justamente em comprar um violão lá.
Assim que entrei na loja um vendedor me encheu de perguntas me deixando tonta, falei que procurava um violão acústico e ele me trouxe um Epiphone FT79. Nossa, eu praticamente surtei dentro da loja. O francês, que até era simpático, ria com meu jeito e sem graça pedi para tocar. Ele olhou em volta e falou.
- Damos 2 minutos pra testes, mas só isso- eu sabia que ele estava fazendo o trabalho dele, sentei no banquinho próprio pra isso e comecei a dedilhar “Free Falling” do John Mayer. Não consegui me conter em só tocar e acabei começando a cantar.
O atendente me olhava com um sorriso imenso e eu curtia o momento com aquele violão tão bom.
Assim que terminei o refrão, vi que até já estava lá me olhando com um sorriso bobo.
- Já disse que você é ótima?- ela me abraçou desajeitada por conta do violão na minha perna.
- Pior que já- dei língua e o vendedor ameaçou pegar o violão para guardar.- Eu vou levar- o impedi.
- Sério? Ele é um pouco caro...
- E muito bom. Eu guardei muito salário pra isso- sorri, ele foi animado pra dentro da loja e em menos de um minuto voltou com um papel. Comprei meu violão maravilhoso e surreal e ele me agradeceu muito por isso.
- Acho que o vendedor gamou em você- me cutucou.
- Para com isso - coloquei o violão nas costas e continuamos fazendo as compras abusivas da minha amiga consumista.
- Preciso... Descansar- Jean se apoiou em meu ombro, e por conta de seu peso eu quase fui pra trás.
- Alto, pesado e sem noção- ri do tadinho.- Vamos , dá uma pausa, o Jean não tá acostumado.- Ela resmungou algo, olhou uma loja ao seu lado e cedeu.
- Vamos comer algo- nos puxou até o Mc Donalds mais próximo e pedimos pra Jean pedir o que ele mais gostava já que essa seria nossa primeira refeição na rua de Paris, e o Mc dali era diferente do Brasil.

’s POV

- Vamos , vai ser legal, a gente da uma volta no shopping, compramos uma guitarra pra mim, e voltamos- me enchia o saco tentando me tirar do hotel. Recebi mais uma mensagem de Blanda dizendo que sentia minha falta. O fato era que eu já estava cansado dela, Blanda era uma garota legal, com um jeito legal, umas ideias legais, mas acabou cansando. Ela só sabia falar dos desfiles que participaria, das cases que ela inauguraria, e tudo aquilo estava me deixando irritado.
Não conseguia mais beijá-la e sentir o mesmo sabor que antes, agora era algo automático.
Me revirei na cama e ignorei aquela mensagem da minha suposta “namorada”.
- Vamos !- parecia não cansar nunca, bufei impaciente e levantei da cama o encarando mortalmente e indo me trocar- Ew! Agora falta o !- ri por dentro pela atitude infantil do meu irmão. Era engraçado vê-lo implorando pela nossa atenção.
Assim que conseguiu convencer de sair, fomos para o shopping principal. Tudo em Paris era lindo, e olhar para as pessoas em volta e fingir ser um cara normal, me fazia bem, muito bem.
Paramos em uma loja de instrumentos e voou para as guitarras. Lembrei de quando éramos mais unidos. Quando vivia a vida, bom humorado, sem se preocupar com uma peça ou em como seu CD estaria sendo divulgado.
Na verdade eu odiava essa ideia do meu irmão criar carreira solo, foram os piores meses da minha vida. Eu acabei seguindo também, mas nada no Mundo tiraria a adrenalina de cantar com meus irmãos. Unidos. E é por isso que estamos em uma turnê, depois de dois anos separados.
Vi um pandeiro e comecei a batuca-lo rindo, mas algo tirou minha atenção. Tudo bem que aquela loja era imensa, mas eu ouvia uma voz e um violão.
Eu conhecia aquela música, já tinha a cantado num show. Free Falling, essa era a música, mas nossa, ela estava milhões de vezes melhor naquela voz.
Eu tentei seguir o som do violão, mas acabei entrando mais fundo na loja e me perdendo. Mas aquela voz ficaria presa em minha cabeça por um bom tempo. Ela era doce e suave. Eu precisava encontrar a dona daquela voz. Eu estava vivendo meu próprio personagem, mas aqui não era um acampamento, e eu não a beijaria no final.

’s POV

- TREZE?- Jean perguntava ainda surpreso depois de questionar a quantos namorados ela teve esse ano. Não entendi o motivo da pergunta, mas ela respondeu prontamente.
- E todos ainda tentam voltar- afirmei prontamente. Ele quase caiu pra trás e murmurou algo.
- Mas eu não quero- riu e eu sabia muito bem onde ela chegaria com esse papinho furado. Acho que a conversa que tivemos não ajudaria em nada.
- O que nós não podemos perder em Paris?- mudei de assunto e Jean pareceu agradecer mentalmente por isso.
- Vocês não podem perder a “Le Vip Room”
- O que é isso?- se vinha atrás da gente curiosa, com suas sacolas de compras.
- É somente a balada mais foda de Paris. Onde todos os artistas e pessoas importantes gostam de ir. Eu não vou por eles, mas cara, é demais.- Ele estava tendo alguma lembrança muito boa porque seus olhos pareciam estar vendo alguma imagem do passado.
- Ok, e onde compramos o ingresso?- ele se virou pra mim e riu.- O que foi?
- Vocês não precisam de ingressos!
- Não?
- Eu sou DJ de lá!- pronto, nossas vidas estavam feitas. Nós iriamos para uma balada famosa e melhor ainda, de graça.
- Eu já disse que você é demais?- deu um beijo estalado em sua bochecha e rimos. Agora iriamos para casa nos arrumar já que hoje teríamos FESTA.
- saiu do banheiro já vestida com uma das roupas que comprou hoje cedo. Ela colocou um sapato que eu quase arranquei de sua mão, e estava perfeita. Eu escolhi uma roupa simples que destacasse minhas curvas, afinal, eu estava em Paris.
- Meu Deus, o que que é isso- me girou e aplaudiu
- Obrigada, você está tão gostosa quanto.
- Amiga, vamos logo que o Jean não pode se atrasar.- concordei e sai do quarto. Assim que vi Jean parado e vestido DAQUELE jeito, perdi o ar, sério, ele era um francês que meu Deus do céu.
- Ual- foi tudo que ele falou, até completar- Acho que minha mãe estava certa quando disse que seria espetacular hospedarmos brasileiras.- Eu corei, fiquei roxa, azul, rosa, salmon, tudo. Ele me olhou de cima a baixo pra depois abraçar .
- Será que eu consigo um bofe?- perguntei rindo.
- Querida, você consegue o Brad Pitty assim- me examinou e Jean concordou loucamente com a cabeça. Não que eu ache o Brad Pitty lá essas coisas, mas vale né?
- Let’s party!- entrou no carro e fomos em direção à balada tão famosa de Paris.
Se eu estava impressionada com a beleza da cidade a noite, agora meus olhos queimavam de tanta admiração! Agora sim sei por que Jean tinha dinheiro, quero dizer, aquilo não era uma balada que nem as que eu ia com no Rio! NO WAY! Aquilo era um mundo, a balada mais perfeita que eu já tinha visto.
Eu não sabia o que pensar, já tinha alguns DJ’s nas mesas e a festa rolava solta. Jean se despediu da gente e prometeu dedicar uma música a nós duas. estava tão congelada quanto eu. Mal chegamos e já tinham homens nos dando cantadas.
- , vamos beber- disse animada e ela pulou no mesmo instante seguindo ao bar.
- E ai senhoritas?- o barman nos olhou de cima a baixo enquanto mexia uma batida. Eu e nos encaramos rindo, até o barman era gato!
- Uma Bloody Mary com tequila e um Cosmopolitan – falei sabendo o gosto da minha amiga. Ela fez um hi-five e olhamos em volta.
- E pensar que há 17 horas estávamos no Brasil.
- Vida louca- murmurei. Depois de alguns minutos o barman trouxe nossas bebidas e um cara chegou em .
- Poderia te levar até a pista de dança, fille?- ela riu, olhou pra mim e eu assenti. A noite só estava começando. Alguns chegaram em mim, mas por enquanto eu ia ficar só observando.
- Apreciando a festa?- um homem se aproximou, já estava preparando um “to acompanhada”, mas assim que virei, dei de cara com Gaspard Ulliel. Ok, o cara era um ator francês, famoso pra caramba, atuava em um dos meus personagens prediletos em “La Maison de Nina”, e agora tava parado do meu lado?
Tudo bem que ele tinha 28 anos, eu sabia disso, mas eu tinha 22, o que não fazia tanta diferença. Ele viu que eu o reconheci e lançou um sorriso galanteador.
- Você não é daqui- isso não foi uma pergunta.
- Sou do Brasil na verdade. Vim pra faculdade- ele ergueu uma sobrancelha e continuou sorrindo.
- Acho que nunca vi uma brasileira por aqui.
- Então você vê muitas de outros lugares- dei mais um gole da minha bebida e ele riu.
- Não é como se eu visse uma garota tão linda como você todas as noites.- aquela frase fez meu peito arder, não sabia se era o álcool ou eu realmente estava nervosa. Ele continuava me encarando até que eu coloquei o copo na bancada.
- Obrigada pelo elogio, não é sempre que um dos meus atores prediletos vêm me elogiar.- Bang, ele passou a mão no cabelo desviou o olhar
- Então eu sou seu ator predileto... - A maneira que ele falava fazia com que meu rosto corasse instantaneamente. Talvez eu fosse tímida com garotos.
- Um dos... Não se gabe tanto- ele gargalhou
- Você é divertida, vamos dançar?- fui pega de surpresa, olhei pro meu drink e levantei do banco ajustando meu vestido. Vi Gaspard dar uma examinada em mim e me senti mais vermelha ainda, sorte que eu já tinha bebido uns copinhos a mais de vodca.
- Vamos- sorri pra ele. Ele indicou o braço e enrosquei o meu no dele. Fomos trocando olhares até a pista de dança onde pude, não sei como, achar que dançava colada com um cara. Não o que a chamou pra dançar, acho que aquele já devia estar em casa no seu 449º sonho.
Assim que eu entrei na pista, pude ouvir a voz de Jean falar
- Essa música vai pras gatas mais quentes da madrugada. e , do Brasiiil!- Gaspard me encarou confuso e eu ri.
- Sim, eu sou - me apresentei falando agora mais alto pois o som estava ensurdecedor
- Então vamos aproveitar a sua música.- E realmente meu corpo mandava eu aproveitar. A música era “She Wolf” do David Guetta ft Sia, eu não curtia essas músicas, mas se estava numa balada era pra dançar, e ela tinha uma batida eletrizante. Eu comecei a rebolar de costas para Gaspard que estava colado em meu corpo e mordendo os lábios. Agora sim a bebida fazia efeito nas minhas veias, eu sentia. Tudo parecia mais feliz, mais agitado, mais mágico.
Ele apertava minha cintura como se meu corpo estivesse se afastando do dele, o que não acontecia. Eu curtia, dançava de todos os jeitos, jogava o cabelo pro lado, fazia tudo.
tinha me achado e estava com seu acompanhante do meu lado. Ficamos até o final da música seguinte dançando juntos. Mas se intrometeu no nosso meio já um pouco alterada.
- Me apresenta teu gato- eu ri do jeito dela. Ele a examinou assim como fez comigo e sorriu.
- Esse é Gaspard- ele acenou ainda “dançando” e ela piscou pra ele.
- Cuida dela enquanto eu busco mais uma bebida.- o garoto com ela não se preocupou em ser puxado pela mesma até o bar e Gaspard me olhava profundamente.
- Quer mais uma bebida?- ele me perguntou com aquele olhar sexy
- Querido, se você quer fazer algo, pode fazer, só que mais bebida só pioraria- ele gargalhou e deu ombros.
- Você mandou- nisso ele me puxou com toda a força, ele apertava forte a minha cintura e colava nossos lábios. O beijo era mais uma diversão, algo de momento, então eu decidi curtir de verdade cada segundo ali com ele.
Até porque eu não encontraria ninguém mais interessante nesse lugar. Eu acho.

Capítulo Três

Jonas's POV


- ,cadê meu perfume? - entrei no quarto dele sem pedir e ele me encarou raivoso, era de seu fetil roubar meus perfumes, e isso não é de hoje.
- Tá indo pra onde? - perguntou enquanto me dava o perfume.
- "Le Vip Room" - falei como se fosse óbvio, e na verdade era. Eu havia falado isso a ele desde cedo e tudo que ele falava era "uhum".
- É uma boate. - falou o senhor óbvio.
- . Acorda dude, eu e falamos que íamos, lembra? - ele fingiu lembrar e continuou mexendo no celular.
- Eu posso ir? - perguntou bufando depois de colocar o celular na cama.
- Vocês brigaram de novo não é? - me sentei ao seu lado e ele assentiu.
- Eu não sei se estou... Eu acho que não sinto mais a mesma coisa. - Eu sabia que e Blanda não iam nada bem em seu relacionamento, suspirei forte sabendo muito bem o que ele sentia.
- Vamos brother, você merece diversão. Estamos esperando no Hall. - espirrei o perfume em mim e joguei pra ele (já que se eu guardasse ele acharia e o pegaria). Estamos em Paris, eu compro outro.
Saí do quarto indo me encontrar com . Ele me olhou animado e fez uma dancinha meio... Constrangedora.
- , para, por favor. - ele riu e parou.
- Estamos esperando...? Vamos logo.
- Calma man, o decidiu ir, ele brigou de novo com a Blanda - nós dois reviramos os olhos. Blanda era legal, até completar um mês com o . Sério, a garota virou uma mala! Não sabíamos como nosso irmão aguentava.
- E as gatas da night terão que esperar.
- Como se você fosse o super pegador. - caçoei dele e recebi um tapa na cabeça.
- Pelo menos eu não fico criando músicas broxantes pra uma ex que vai se casar. - Ai, essa doeu, realmente, e sabia disso pois começou a se desculpar que nem um louco. Ele se referia a minha ex, que se casaria daqui a alguns meses e... Eu ainda a amava, mas ele estava certo, foi idiotice minha fazer essa música. Tudo estava tão na cara, eu passei por idiota.
- Tudo bem - murmurei. Sentamos num sofá ali porque sabíamos como era viado vaidoso...

2 comentários:

Anônimo disse...

AMEEEEI, quando vai ter att ??

Unknown disse...

aain posta mais *--------------*