Welcome To Dallas
Posted in JonasCapítulo Um
- , não se castigue por esse traste, ele não merece nem a bactéria da sua bunda. – se sentava ao meu lado.- Cacetada , eu aqui chorando pela Marlinda e você vem falar “dele” - fiz uma das piores caras. Marlinda, minha galinha, fora assassinada pela cabra do meu irmão, literalmente, ele tinha uma cabra.
- Ah, mas gata tinha chegado a hora dela.
- E daqui a pouco chega a sua – ela riu
- Vamos sair daqui, o vai nos levar a sorveteria.
- Ah... – eu não queria ir. era meu melhor amigo, mas isso não muda o fato de que ele seja irmão ”dele”.
- Vamos – não tive tempo de reclamar, já estava sendo puxada fazenda afora. Morávamos em Dallas, meu pai era dono da maior indústria de milho do local e das cidades em volta. Talvez nossa casa fosse uma das maiores de Dallas, mas nada comparada a de , filha do prefeito, ou melhor, atual namorada de Jonas. Esperamos chegar com seu carro lindo que chamamos de Florentina. A caminhonete azul continha todas nossas lembranças desde que aos 16 anos tirou a carteira. Saudades dele...
- Hey meninas, sabem quem está na cidade?
- Black Eyed Peas? – perguntou com aqueles brilhos nos olhos.
- Não, a .
- AH, poxa pensamos que seria alguém – falei revirando os olhos. Não era novidade pra ninguém que eu e NUNCA nos demos bem, entenda que “nunca” quer dizer, desde o dia em que eu sai da minha mãe.
- É... Mas estão sabendo da nova?- fizemos que não e ele continuou.
- O Taylor voltou.
- OMG! – eu e gritamos.
- O GATO DO TAYLOR VOLTOU? – eu já dava meu ataque. Taylor era infelizmente irmão da , mas ao invés de ser como ela, ele era o garoto mais gato da cidade, tinha saído para morar com a mãe em Los Angeles e não havia voltado, até hoje.
- Como eu tô? – se olhava no retrovisor.
- Linda – ouvi falar bem baixo, sorri para ele com um pouco de pena, a sempre foi um pouco cega, gostava dela desde sempre, mas a menina nunca enxergou isso. Chegamos à sorveteria e já havia pegado o pote;
- Gula mata – ri
- Morrer de fome é pior – ela retrucou.
- Não sei como essa menina não engorda.
- Se nem o médico dela sabe... – peguei meu sorvete.
- Hey, hey, to vendo que tem gente que precisa emagrecer – quando vi Taylor batendo de leve na barriga de , babei, ele estava mais lindo que nunca. Ele me olhou e sorriu, claro que eu não era a única a babar por aquele homem. Ele era o cara mais gostoso da cidade!!
- ?- ele sorria mais largo e eu assenti.
- Nossa, você está... Linda- vi que seu olhar dizia mais que isso, corei rapidamente.
- Taylor, o que estás fazendo aqui?- voou para o meu lado, mais uma vez revirou os olhos. Eu ri.
- Ah, cansei de L.A. Tenho que tirar algumas férias de cidade grande.
- Assim parece que não é tão bom- rocei os dedos insinuando dinheiro.
- Ah, não é assim, a cidade grande tem muita diferença, e lá nem tem meu amigão- Taylor apertou em seus fortes braços.
- Sim, sim... Amigão- se não conhecesse , diria que ele não está empolgado, mas é mais que isso. Ele sabe que com Taylor aqui, seu plano de conseguir , não sairia do papel.
- Bem... Vou pagar o sorvete- sai de lá meio constrangida pois Taylor não parava de me olhar.
- Dois e trinta. – ia pagar, mas parece que uma mão mais rápida pagou primeiro. Quando virei pra reclamar fui calada por um “shiu”.
- Ah, para Tay, sério, eu pago o meu sorvete.
- Srta. , está negando a mim?
- Sim- disse com certeza.
- Pena que estou meio surdo por conta do avião. – ri e peguei meu sorvete.
- Obrigada.
- De nada, vamos sentar – seguimos até a mesa em que conversava meio sério com .
- Oi – disse baixo me sentando ao lado de .
- Estavam falando sobre o que? – Tay perguntou animado, mas o clima não estava compatível a isso.
- Ah, vocês ouviram falar que vai ter um show de talentos para calouros no teatro?- mudei de assunto.
- Sério?- Taylor ficou bem entusiasmado com isso.
- Uhum, acho que eu e os meninos vamos tocar.
- Seria demais – ri.
- Você também devia amiga!
- Não, acho que não consigo- voltei a tomar o sorvete, pensativa.
- Você é a melhor cantora do Texas!
- Poxa , assim eu me sinto a Taylor Swift
- Já peguei – Taylor falou do nada. WTF? Qual o problema desse menino?
- Você- apontou para seu peito – Já pegou a Swift?
- Uhum, quando ela morava aqui, não lembra?
- NÃO!- nós 3 dissemos.
- Ah, é verdade, vocês eram do primeiro grau.
- Sim, e tenho certeza que ela corria atrás de você – murmurou um pouco chateado.
- Como você sabia?
- Chute
- Então Tay, você tá namorando? – perguntou com o rosto apoiado no cotovelo esquerdo na mesa e virada para o mesmo.
- Ainda não. Sabe , eu to procurando a garota certa – deu um longo suspiro e por um segundo me imaginei no lugar da tal “garota certa”.
- Ah claro, mas ela tem que ser gostosa- que merda, esse menino não consegue ser romântico por um minuto sem falar merda.
- Hm... Pelo menos você pode ter qualquer uma- murmurei.
- Estou querendo uma especifica
- Acho melhor irmos, está ficando tarde.
- Mas , são 13hrs e o sol está super forte.
- Por isso mesmo, você vai pegar um câncer de pele, vamos. Tchau man, até mais?- todos nós levantamos, ficou acenando pro Tay, eu mandei um “tchau’ e entrei na Florentina. Foram 30 minutos ouvindo falar “ele está lindo”, “você viu aquele homem?”, “e o sorriso”
- E quando ele disse “esperando a garota certa”, eu fiquei tipo...
- CHEGA , QUE SACO! - berrei com raiva, ela me olhou assustada e eu sai da caminhonete dando uma forte batida na porta.
- Hey ?- voz não identificada, por favor, se cadastre.
- Marlinda? Voltastes pra mim?- cai de lhos
- Hã? , sou eu,
- Cabrita?
- , sua assalariada, levanta daí- olhei para ela e pulei em seu pescoço
- EI! O que é assalariada?
- Olha, eu não sei, mas o cara do Idolos disse lá no Brasil e foi bem engraçado.
- AAAH OMG É VOCÊ - pulou nela nos fazendo cair no chão.
- MONTINHO- pulou na gente.
- MEU FÍGADO, MEU FÍGADO! – berrou
- Mas isso é a sua perna.
- Não perguntei, o corpo é meu não teu.
- Mas que pitel você está ein.
- Ai, modéstia parte sua , eu sempre fui – gargalhamos.
- Marlinda morreu - escolhi alar diretamente para não causar drama, mas foi impossível.
- O QUE? A MARLI? QUE HORROR GENTE, QUE PECADO NÃO, NÃO, NÃAAO!
- Calma , nós vamos superar isso tudo juntos, como sempre fazemos.
- Eu comprei até uma saia pra ela, igual a do pato da minha tia, lembra?- assenti já sentindo as lágrimas caírem.
- Hey, fica calma. – batia nas minhas costas.
- Tudo bem, a gente perde coisas na vida.
- Como foi sua viagem?
- Foi bem legal, tinha um velhinho que colocou a dentadura num copo e dormiu. Ai eu peguei minha dentadura de bala e troquei com a dele, ele ficou brigando comigo, mas dei aquela bala de velho e ficou tudo bem.
- Mas que graça, ajudando os idosos – seus olhos brilharam.
- Você já fala português?
- Óbvio né , eu tava lá a 4 anos.
- É mesmo, cacetada você parece uma brasileira agora.
- Nãao- respondemos juntas.
- As brasileiras são gatas- fez cara de safado.
- E você gosta de mulher?- gostava de implicar com , até porque ela nunca desconfiou que ele tivesse uma paixão platônica por ela.
- Você nem sabe o quanto.
- Hehe, então galera, vamos deixar a tchuca aqui descansar, até porque... HEY! Você não avisou que vinha.
- E precisa? Eu acho outra casa então – vi a cara de deboche dela e ri.
- Ok, fica
- Acho bom. , eu trouxe uma coisa pra ti
- COMIDA?
- NÃAO! Venham- entramos na minha casa e fomos direto pro meu quarto que estava cheio de bagulhos e 3 malas.
- Trouxe para , , , , e o resto ai – rimos.
- Ah, tem isso aqui – estava fuxicando uma mala – Achei fofo pra você dar ao , como presente de namorados – ela me entregou uma caixa, dentro dela continha um anel meio masculino escrito “Rio de Janeiro”, olhei pra com um sorriso e falei calmamente.
- SUA JEGUE, ISSO É LINDO, MAS O ME CHIFROU. – eu ri junto com , preferia rir a chorar, pelo menos não mais.
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