Minha Melhor Amiga É Uma Vampira. By: Emme Mary
Posted in TVDCapítulo 1- O relógio
-, tem aula hoje. - ouvi minha mãe gritar, senti seus dedos escorrerem em meu rosto.
- Vamos filha- ela tentou novamente antes de retirar meu cobertor. Meu quarto todo decorado de rosa e roxa nem parecia me pertencer.
- Ok, eu já estou indo – me atrevi a falar mesmo não saindo da cama. Ainda de olhos fechados pude notar o aumento da claridade.
- Vamos querida – a voz da minha mãe soava tão fraca quanto sempre avia de ser. Ela já estava doente a mais de dois meses, os médicos diziam que era apenas uma virose ou isso era o que ela me contava.
Levantei-me lentamente e me pus de pé, senti meu corpo tremer de frio. Ergui meu relógio de pulso para ver melhor as horas “6:00” pensei alto. Minha mãe saiu do meu quarto deixando para trás as roupas lavadas na cômoda de cabeceira.
- Estou indo – meu pai já estava atrasado para o trabalho, e eu que pensei em pegar uma carona com ele. Demorei meia hora para me arrumar, minha mãe estava sentada na mesa com um café da manha completo sobre a bandeja. Estava sem fome então apenas peguei o necessário; uma maça e uma caixinha de leite pequena.
- Já estou indo mãe – disse dando um beijo suave em sua testa. Era o primeiro dia de aula, todos estavam correndo pela rua. Em uma cidade pequena com apenas duas escolas dava para saber bem quantos estavam na minha sala só de olhar a entrada da escola. Ergui meu relógio contra a luz para ver as horas, “7:26”, pensei alto outra vez
- Está atrasada senhorita Ward, a senhorita está na segunda sala do terceiro andar.- a diretora amava gritar meu sobrenome e esta era apenas a primeira do ano. Subi as escadas o mais rápido que pude, ao chegar na porta da minha sala senti meu coração disparar, já fazia tempos que não corria para entrar na sala de aula.
- Olá senhorita, não vai entrar não? – a mulher alta veio em minha direção – Prazer, sou sua professora de matemática – ela ergueu os olhos como se não precisasse conhecer sua aluna mais estranha. Todos da sala começaram a rir baixo.
- Bom, onde eu me sento?- todos os lugares estavam organizados em grupos de quatro.
- Sente-se com seus amigos – ela falou, todos da sala riram mais alto.
- Ela não tem amigos, professora - falou a patricinha da sala com sua voz tipicamente irritante. Peguei a primeira cadeira que encontrei e a arrastei até um canto isolado. Meu celular tocou e pela segunda vez no dia, todos voltaram sua atenção para mim.
- Ei mocinha, você vai desligar ou eu vou pegar este lindo celular? – a ironia na voz da professora me fez levantar e sair da sala para atender.
- Já volto- falei depois de sair da sala, antes de fechar a porta.
- Oi, ? - sabia que era ela, mas por segurança tinha que perguntar.
- Oi, linda, como você esta? – a voz forte e nada animada de me fazia rir
- Sim, tudo indo. Como vai ai na capital?- eu morava em uma cidade pequena enquanto a minha única e melhor amiga morava no centro, quase não nos víamos, mas todos os dias ligávamos uma para outra.
- Tá chata, meus pais estão viajando de novo e meu irmão vai ficar no comando este mês. Bom, tem espaço na sua casa para mim? – ela já sabia a resposta, meu pai não ligava se eu levasse amigas para casa, e minha mãe gostava muito da .
- Amiga, você sabe... Mas e a escola?- ela não ligava para os estudos e sempre tirava notas altas parecia que já tinha feito várias faculdades. Nós nos conhecemos há dois anos e meio, e já éramos inseparáveis.
- Ah, não liga, eu vou passar de qualquer jeito. – apesar de ser estranho era verdade
- Ta bom amiga, então liga pros seus pais e pede para transferir sua matricula para minha escola até o fim do ano – depois que eu falei ouvi gritos desenfreados de que dizia “ aaaaaaah vou morar com minha amigaaaaaa ahahahahaha eu vou, vou sim hahah“ não consegui resistir soltei uma risada baixa e abafada pelo telefone.
- Até amanha lindinha...- ela falou ainda animada sussurrei um tchau antes que ela desligasse o telefone. Disquei o numero da minha casa o mais rápido que pude, depois de dois toques minha mãe atendeu, expliquei para ela tudo que pareceu não se importar com nada, desliguei e voltei para sala.
- Senhorita Wart, como se faz esta conta?- ela sabia que eu não estava na explicação, coloquei o meu celular no bolso respirei fundo e peguei o piloto. Fiz toda a conta sem errar, ao terminar a professora ficou calada e voltou a explicar a matéria e todos voltaram a conversar. Sentei na minha cadeira e peguei minha mochila preta. A aula dela acabou rápido e logo o próximo professor entrou as apresentações começaram e logo ele se voltou para a matéria peguei meu caderno ”e adivinha a cor ... Preto“, todo o meu material era preto e tinha uma forma linda de fazer com que as pessoas se afastassem de mim.
Capítulo 2- Um dia após o outro.
Depois de algumas horas a aula, enfim, acabou. Saí da sala como sempre por ultimo. A professora esperava que eu saísse para trancar a sala, arrumei as minhas coisas o mais rápido que pude. Todos estavam conversando e brincando no pátio principal, saí pela rua indo em direção a fronteira, como sempre fazia. Depois de caminhar alguns segundos cheguei à minha cabana que foi construída por mim e quando nos conhecemos. Joguei minha mochila na cabana e segui o caminho que me levava ao pequeno riacho. Ele era lindo, com uma cachoeira pequena e água bem limpa e gelada. Retirei meu tênis e as meias antes de me jogar dentro da água. Fiquei ali por algumas horas e depois sai em direção à cabana. Aquele lugar me acalmava. Fiquei pensando alto por que minha amiga viria com tanta pressa para minha casa. Ela não gostava muito dos habitantes da pequena cidade. Me troquei e voltei para casa, já estava anoitecendo e sou filha única não posso desaparecer assim.
Chegando em casa, minha mãe, no sofá, fez a pergunta mais cotidiana que eu já ouvi
- Filha, fiz o jantar quer comer? - apesar de passar o dia inteiro fora, não estava com fome, mas o maior prazer da minha mãe era que eu gostasse de sua comida então fingi como sempre
- Sim, estou morrendo de fome. Meu pai já chegou?- a resposta era não, mas ela não queria responder, então ignorou minha pergunta.
- Hoje fiz lasanha- falou indo para cozinha
- Vou ligar para , ela vem pela manhã – falei pegando o telefone. Com meu prato já na mesa sentei-me e comecei a comer, deixei o telefone discando enquanto engolia a primeira garfada.
- Alô? – a voz da soou no outro lado da linha
- Amiga, você chega a que horas?- fui direta
- Acho que às 6 horas da manha, vai me pegar no aeroporto ou vou direto para a escola?- ela parecia estar escondida falando comigo. Tentava sussurra ao telefone.
- Vai para a escola, ok?- antes mesmo de ouvir o “ok”, já desliguei o telefone. Depois de umas garfadas, levantei e fui em direção ao meu quarto. Arrumei as roupas espalhadas e peguei meu livro ”Assassin’s Creed : A Cruzada Secreta “ do Oliver Bowden , deitei na minha cama. Fiquei ali pelo resto do dia. Ouvi quando meu pai chegou em casa, ele pareceu irritado, mas não me atrevi a me meter. Ele estava sempre chateado e nunca se lembrava que tinha uma filha.
Acabei dormindo do jeito que estava, acordei de madrugada, tomei um banho bem longo e procurei meu relógio para saber se ainda tinha tempo de dormir um pouco mais. Fui pela ponta dos pés até meu quarto, meu relógio estava no chão ao lado da cama abaixei para pegar ao deitar no chão vi um envelope debaixo da cama, era grande e estava bem empoeirado. Me arrastei para o pegar. O abri com cuidado e dentro tinha um livro muito antigo e grosso. Na capa tinha escrito “Diário sobre a vida dos Salvatore’s”, abri o livro lentamente, pude ler algumas páginas, a letra à mão, era de . Ainda não conseguia entender como ele tinha ido parar debaixo da minha cama. Guardei junto com o outro livro que eu estava lendo, dentro da mochila e voltei a dormir. Ao amanhecer, acordei rápido e o mais cedo que pude. Me arrumei e peguei minha mochila, fui para a cozinha e minha mãe, como sempre, estava com o café pronto, peguei uma caixinha de leite sai antes que ela me forçasse a comer mais.
- Tchau mãe já estou indo – falei do portão de casa. Ao chegar à escola, estava tudo como sempre a não ser por uns cochichos que ouvi de Blitz, a garota mais fofoqueira da escola. Corri ao encontro de quando a vi entrar no portão da escola, ela era a única sem uniforme, mas já tinha me prevenido e trago um extra para ela.
Fomos juntas até o banheiro, o uniforme ficou perfeito, nós duas tínhamos quase o mesmo corpo. A saia azul marinho combinava perfeitamente com seus cabelos negros, e a blusa preta com beirada azul era a combinação certa para mim.
Capítulo 3- Amigas?
Depois da aula fomos juntas para a cabana, fiz como de costume e joguei minha mochila na cabana. Antes de sair em direção ao riacho vi mexer nas minhas coisas, desta vez minha mochila estava aberta, e quando joguei-a no chão, as coisas se espalharam pelo mesmo junto com o livro estranho que tinha encontrado. Ela pegou o livro e virou para mim
- Você leu? – sua voz agressiva e suas presas a mostra me assustaram pela primeira vez.
- O que foi amiga?- ela se jogou em cima de mim, seus olhos passaram para um tom de vermelho escarlate, frio e assustador. Senti que ela iria me matar quando ele enfiou suas presas fortes em meu pescoço. Lentamente fui perdendo os sentidos até desmaiar.
Meus olhos se abriram lentamente e vi entre turvas imagens falando sozinha e andando de um lado para o outro. Sentei devagar e analisei onde estava. Estava na cabana, deitada sobre as coisas. Antes que pronunciasse qualquer palavra se jogou em cima de mim novamente, mas desta vez ela me abraçou e suplicou desculpas. Minha cabeça ainda doía muito.
- Amiga, tive um pesadelo... – ela estava muito abalada então comecei bem devagar – Você me atacou como se fosse uma vampira – senti meu pescoço latejar e coloquei a mão sobre o lugar, ao retirar a mão vi o sangue que escorria por ela.
- Amiga, não foi sonho nem pesadelo. Desculpe, mas tenho que te contar tudo o mais rápido possível.- meu coração saltou ao lembrar do vermelho escarlate de seus olhos .
- Como assim?- foi tudo que saiu de minha boca.
- Eu sou uma vampira – ela falava como se isso fosse normal – Bom, há 100 anos fui transformada, vivo com meus “pais” e tenho 16 desde então. Não tem um livro? O que estava com você? Ele é o motivo de tudo isso. Devo escondê-lo. Fique aqui e me espere - ela saiu da cabana.
- Como assim?- falei indo atrás dela, mas antes que pudesse, ela saiu mais rápido do que um raio. Esperei por ela por duas horas até que decidi ir para casa. Peguei minhas coisas, me recolhi e voltei para casa. Chegando em casa minha mãe parecia preocupada mas não comigo e sim com , que não tinha almoçado. Subi até o meu quarto e me mantive lá pela noite. Já eram cerca de duas horas da manhã quando invadiu meu quarto, furiosa. (e claro, ela entrou pela janela).
- Por que você não me esperou? – sua voz era ofegante e tremula.
- Por que você não apareceu. Ei, eu é que faço as perguntas. Por que você não pode usar a porta? Não sabe como se usa? Deixa que eu te ensino. - levantei-me imediatamente da cama e a empurrei para fora do meu quarto com toda a minha força (que era bem pouca). Voltei para minha cama, a tempo de não receber a porta na cara. a abriu com tanta força que a quebrou em três grandes pedaços, e outros vários menores.
- Você ESTÁ LOUCA? – ela berrou como se estivéssemos distantes.
- Menos. Agora pare de gritar e vá para o seu quarto – minha voz realmente parecia muito com a da minha mãe, mas tentei me concentrar.
– Ok mamãe... Mas achei que você gostaria de ver isso. – ela esticou os punhos fechados como quando éramos crianças. Tinham duas coisas, uma era para mim outra para ela, então eu deveria saber sem tocar, qual seria a minha.
“Me escolhe.” Ouvi sair de seu punho esquerdo com uma vozinha baixa e delicada.
“Não, não, ela vai me escolher.” Outra voz contraria saiu do ponho direito.
- Calem-se os dois, ela deve escolher e não vocês. Ei, eu pensei que vocês gostassem de mim? – soa voz agora bem mais baixa e calma me fez pensar na escolha.
- Um é vermelho escarlate e outro e preto noite-sombria - sacudiu os punhos como se não quisesse que eu soubesse qual era qual.
- E qual você quer? Pra mim tanto faz. - falei encarando seus punhos. Eu estava realmente curiosa.
“Ei eu sou o vermelho escar...” foi o que eu ouvir sair do punho esquerdo antes de o apertar forte
“Bem feito, bem feito nhenhenhenheeee.” caçoou a voz do punho direito.
- Não vai escolher não?- parecia impaciente
-Ok. Quero você – segurei no punho direito de .
“Aaaaw não falei que ela ia me escolher” cantou vitória, o punho direito
abriu os dois punhos e lá estavam dois colares, cada um com uma pedra, a da direita era preto reluzente e conquistador e a da esquerda era um vermelho mistério surpreendente.
- Pegue, vai, vai. Ele é seu. Bom ele é o Diel, pode te fazer invisível entre outras coisas. - estendeu o braço jogando o colar na minha mão .
- Que lindo. Diel... – falei ainda abismada com ele
“Eu também posso fazer tudo que ele faz.” falou o colar vermelho escarlate.
- Ah, esta é a Blei, os colares são iguais e só os vampiros podem ouvir ou pessoas com autorização. Eles estão ligados.
Fiquei um tempo quieta observando sua tira de couro artesanal e sua grande pedra de coração preta
- Não gostou? Quer trocar? Tudo bem por mim – falou me jogando o outro colar
- , este é perfeito. Claro que os dois são, mas este combina mais comigo. Posso?- falei já pondo seu colar em seu pescoço. - Como assim ligados?
- Bom, eles podem se conectar assim – falou ela apertando a pequena Blei que pediu, por favor, para que ela não fizesse isso. Uma pequena luz se acendeu nos dois colares, a pequena Blei falou “Casa dos Ward. Deseja localização precisa?” sua voz extremamente mecânica me fez rir. - Viu? Você pode me encontrar quando quiser – falou deitando na minha cama.
- Você não odeia dormir junto comigo?
- Sim.
- Então sai da minha cama- disse puxando os lençóis a fazendo rolar pelo chão.
Capítulo 4- Ligadas
O sol já tinha raiado quando levantei. ainda dormia quando invadi o seu quarto.
- , anda acorda. – gritei em seus ouvidos e comecei a balançá-la.
- Ah, não. - palavras de luta mas eu continuei a sacudi-la mais e mais. - Tá, você venceu – berrou levantando da cama.
- Meninas, meninas... Acho que não preciso ir ai, né? – minha mãe tentou gritar do seu quarto, que por sinal era bem ao lado do de .
- Papai ainda está em casa?- gritei da porta. Antes de correr para me trocar.
- Não, já são sete horas. Deveriam estar no colégio. - minha mãe de novo, só que desta vez mais distante. Peguei meu uniforme, mas estava manchado de sangue na gola então tive que usar o uniforme de educação física que era um vestido estra-curto e branco. Era a primeira vez em mais de três anos que usaria o uniforme de educação física. Voei para o banheiro e comecei a tirar a roupa, mas antes que eu tirasse a blusa ouvi Diel gritar, “Não, não! Por favor não faça isso, não quero te ver pelada... sou gay.” Mas isso é nojento. Retirei-o e o deixei dentro de uma gaveta no armário do banheiro. Terminei meu banho, me vesti, e fui para o meu quarto. estava lá com o uniforme impecável , reclamava baixinho sobre seu cabelo e sua roupa. Me olhei no espelho, estava acabada, meus estava olhos grandes e com grandes olheiras, meu cabelo completamente nojento e feio. Fechei os olhos e respirei fundo.
- Pronto, tudo vai dar certo - falei
- Vamos, estamos super atrasadas –falou apontando para seu relógio. Peguei meu colar, minha bolsa e nós duas saímos correndo escada a baixo.
- Comida- gritou eufórica – Vai querer o que?- falou com um pão na boca
- Nada não. - falei abrindo a porta – Vamos? Sabe que horas são... 07h30min
- Ok, mamãe – falou carregando consigo duas maçãs e um saquinho de pães. Voamos pela rua quase vazia até chegarmos na escola.
- Olá senhorita Wald e companhia. Estão atrasadas. -falou ele
- Sim senhora, indo direto para sala. –falei segurando no braço de que ainda comia uma das maças. Arrastei-a pelos corredores até chegar na sala.
A aula foi chata e desnecessária. Ainda bem que passou bem rápido.
Ao sairmos da escola, corremos pelas ruas, indo em direção a nossa cabana. Ao chegarmos, encontramos dois garotos/homens na porta da cabana.
- Olá – falei, enquanto me aproximei, vi mostrar os dentes
- Não se aproxime deles – falou .
- Olá, sou Stefan Salvatore. A sua amiguinha está com uma coisa que me pertence - falou o mais alto
- Por que você está aqui? Já não te falei que não estou com o seu... – deu uma pausa para olhar para mim. – Livro – a recuou mais um pouco ficando bem longe de mim e muito mais longe ainda do Stefan e o outro cara.
- Bom, vamos conversar civilizadamente. Podem en... -tentei falar quando fui interrompida por
- Não! Não os chame, eles já estão indo embora – se corrigiu rapidamente
- Ah, não estamos não. – falou o homem que não se apresentou
- Bem, se são seus amigos ou não, o problema é seu. – falei já bem irritada com todo aquele vai e vem. Passei por eles e fui direto para a cabana. Deixei minha mochila lá, troquei de roupa e sai passei por eles. Mandei um beijo para enquanto ia em direção a trilha, eles ainda se encaravam... Ao chegar ao rio, todo o meu estresse tinha passado, pulei na água transparente e cristalina. Por uns segundos, me senti parte da água.
Narração de
Ela já tinha saído da cabana quando eles expuseram os dentes, sabia que estavam se preparando para atacar, eles são muito fortes, e mesmo que eu usasse toda a minha força ainda sim seria pouco.
- Vocês sabem que eu não estou com o livro. Então?- tentei suplicar sem me humilhar muito. Tentei me defender de um ataque de Damon. Senti aparecer um fio de sangue descendo pera minhas costas. Tentei alertar que Stefan estava indo em seu encontro. Mas meu colar tinha caído no ultimo ataque. era uma recém transformada e nem sabia disso.
(Flashback On)
Eu tinha acabado de sugar o sangue de e ela estava lá desmaiada no chão, estava quase morta. Não tive outra escolha, a fiz beber o meu sangue e torci seu pescoço. Queria tanto ter mantido o controle e não ter atacado a . Tive que consertar, não podia deixar a minha melhor amiga morrer.
Quando ela acordou nem percebeu as mudanças em seu corpo, me alegrei tanto que nem tive tempo de explicar tudo a ela. Quando dei o colar para ela, tentei explicar que só um vampiro ou um escolhido pode ver o colar, mas ela não entendeu que os escolhidos não podem ter e só ver.
(Flashback Off)
Tenho medo de que ela fique com raiva de mim, só queria que ela soubesse... Mas agora já é tarde, ela deve me odiar.
Ele era muito forte para ela. Eu tinha que distrair Damon e tentar salvar a tempo.
- Anda malhando? Está mais rápida- falou Damon com seu ar sedutor, aproveitei enquanto ele falava, para investir em um ataque. Foi tudo tão rápido que nem notei que tinha sido arremeçada para o outro lado da floresta antes mesmo de alcançar Damon.
Narração de
Ao chegar no rio todo o meu estresse tinha passado pulei na água branca e cristalina por uns segundos, me senti parte da água. Quando ouvi um estrondo findo do outro lado da pequena floresta conífera. Sai da água bem rápido. Prendi meu cabelo bem devagar enquanto apertava Diel, sabia que tinha algo muito errado e sabia muito bem que tinha alguém me observando.
“Ponta leste, floresta conífera”, apertei Diel forte, já sabia o necessário e não precisava que quem estivesse me seguindo também soubesse para onde iria. Recolhi minhas coisas e coloquei minha roupa. Respirei fundo e por mais que estivesse pronta não me sentia assim. Analisei todo o perímetro e ensaiei tudo que faria. Apertei bem o colar e pedi em sussurros “invisibilidade”. Disparei pela floresta, senti as arvores tremerem quando parti. Estava tão rápida que nem mesmo podia sentir o vento. A pessoa que me seguia estava se aproximando. Mesmo eu estando invisível. Parei atrás de uma arvore. A melhor defesa sempre foi o ataque. Seus passos suaves quase imperceptíveis me fizeram tremer.
Narração de
Foi tudo tão rápido que nem notei que tinha sido arremessada para o outro lado da floresta antes mesmo de alcançar Damon. Ainda estava muito desorientada quando vi Damon vir como um foguete em minha direção. Desviei o mais rápido que pude. Estava tão cansada que meus olhos negavam ficarem abertos. Tentei me manter alerta, mas antes que pudesse reagir mais um ataque feroz me derrubou. Senti minhas costelas se partirem e meu pescoço quase quebrar. Agora a coisa estava séria. Levantei-me bruscamente fazendo todos os meus ossos estalarem. Reconstruí minha postura e me preparei para o próximo golpe. Ele veio em minha direção novamente. Mantive-me em postura. Assim que senti seu corpo contra o meu o golpeei na barriga, fazendo-o voar por cerca de dez metros. Foi o suficiente para conseguir pegar o meu cordão que estava caído no chão. Antes de receber outro ataque, apertei a Bler que me indicou onde estava. Estava vindo em minha direção... Era tudo que eu precisava, dois Salvatore juntos. Com toda a certeza eu seria massacrada.
Capítulo 5- Guerra
Narração de
Ainda estava atrás da árvore, todo aquele silencio e o meu coração batendo tão forte, eu podia ouvir minha respiração pesada. Me apoiei na árvore ainda molhada da chuva da noite anterior. Tinha que fazer alguma coisa, não podia ficar assim. Me posicionei e sai de trás da arvore. Observei tudo, mas nada parecia estranho tentei analisar tudo ao meu redor, mas não conseguia pensar. Meu coração disparado e minhas mãos tremulas. Três segundos foram tudo que eu tive. Virei-me assim que notei uma presença, mas já era tarde ele pulou em cima de mim, e me senti esmagada por completo podia jurar que estava morta. Mas ainda sentia minhas mãos tremulas na terra úmida da floresta. Não sabia se ela ainda estava ali. Ele era tão rápido que me arrependi de pensar que o ataque seria minha melhor defesa, eu deveria ter fugido. Levantei-me, minha perna estava quebrada, mas a adrenalina não me deixou sentir dor. Tentei procurar um lugar seguro, mas de repente, simplesmente sabia que ele estava vindo. Comecei a correr em direção a que agora estava à vista caída no chão. Continuei me forçando a acelerar até chegar nela.
- , você esta bem? – falei dando a mão para ela que se levantou rápido.
- Sim, e você?- sua voz era raivosa, mas ainda assim falha
- Não temos tempo, então vou ser rápida. Você é muito mais forte que pensa. Você também é uma vampira. Eu te transformei. –suas palavras me lembravam de flashs do que tinha acontecido. Ela em cima de mim, seus olhos escarlate e depois seu sangue sendo forçado para dentro de minha garganta. Engoli em seco ao lembrar do gosto.
- Vamos parar com esta conversinha, nós não temos todo o tempo do mundo - falou Damon.
Narração de
Eu estava quase acabada quando vi vindo em minha direção.
- , você esta bem? –falou tentando me levantar. Peguei em sua mão e me levantei.
- Sim, e você? – falei, estava com tanta raiva. De mim. Que não pode evitar ser agressiva.
- Não, não temos tempo, então vou ser rápida. Você é muito mais forte que pensa. Você também é uma vampira. Eu te transformei. -ela ficou parada me ouvindo. Sua cara mudou de com medo para com raiva em poucos segundos.
vamos parar com esta conversinha, nós não temos todo o tempo do mundo - falou Damon.
sinceramente estava me assustando, seu olho castanho agora vermelho faminto me dizia para eu me afastar. saiu do meu lado furiosa foi em direção à Damon, que nem percebeu sua presença ao se aproximar. Ela voou no pescoço de Damon que tentou se livrar. Ela estava tão forte e com tanta raiva que cheguei a sentir pena de Damon, que estava sendo massacrado por ela. Stefan estava atrás deles. A minha pena se transformou em desespero.
- , são dois... - me esforcei ao máximo para que ela ouvisse.
Narração de
Estava com tanta raiva, tanta raiva que nem liguei se ia ou não matar o Damon, ele estava nos atacando, ele só tinha sido o primeiro que eu vi. Estava com tanta fome, tanta não podia conter a seca da minha garganta. Virei-me o mas rápido que pude, pulei sobre Damon, não medi forças, quebrei lentamente cada osso que alcancei. Ouvi gritar algo, mas não me concentrei em sua foz. Joguei seu corpo quase sem “vida” para o outro lado da floresta. Fui arremessada pelo meu seguidor misterioso. Mostrei meus dentes, mas não vi ninguém. Voltei para perto de , mas o homem misterioso estava a segurando pela garganta.
- Ei, solte ela agora. Ela é minha. – minha voz não era mais minha
- Venha pegar – falou o homem
- Stefan pare... – tentou gritar
- Então este é o seu nome, Stefan – falei enquanto ele deixava cair de seus braços.
- Sim, não vai querer ver se ela está viva ?- falou Stefan com uma cara completamente irritada
- Ela não pode morrer – minha voz voltou a ter emoções
- Tá preocupada com ela, é? – sua voz era completamente irritante
- Não. Ela é imortal assim como eu... - eu estava tão imponente
Senti o vento bater em meu rosto e já não tinha ninguém a minha frente. Nem , nem Damon, nem Stefan. Era apenas silêncio. Tentei me concentrar, mas nada. Já eram cinco horas. Meu colar, lembrei. Eu tinha como saber onde ela estava. Apertei Diel que já nem reclamava de ser usado. estava indo para minha casa. Mas como? Respirei fundo tentando oxigenar o cérebro. “Vamos pra casa!”, pensei em voz alta. Caminhei, ou melhor, corri até em casa. A porta entreaberta só me dizia uma coisa, tinha chagado. Entrei devagar a luz estava desligada.
- ? Mãe? – perguntei ao notar que tinha várias coisas quebradas. Ouvi uma risada masculina e familiar.
- Pai?- perguntei sabendo a resposta. Fui caminhando até a cozinha, três corpos, dois sangravam muito, mas nenhum tinha batimento cardíaco. Me aproximei, estavam todos de bruços. O primeiro e o mais acabado, com várias mordidas e marcas, era o da minha mãe. Observei seu rosto vazio, mas eu estava com fome, este sangue cheiroso derramado. Tentei me concentrar no outro corpo, o outro que também sangrava muito eu já sabia de quem era, mas precisava ver, meu pai... E a que estava La sem pulso, mas por ela ser uma vampira nunca tina pulso mesmo ...