A Justiceira. By: Ruama Gomes
Posted in TwilightCapítulo 1- Chegada.
Era muito tarde para qualquer alma viva ter coragem de andar pelas ruas de Seattle, tremia com os ventos vindos da direção oposta a sua caminhada, ela xingava mentalmente cada parte daquela cidade minúscula e deserta. Como poderia? Eram exatamente 22h e não havia sinal de nenhum mendigo na rua, ela desejava não ter ido até o encontro daqueles malditos vampiros do outro lado do Mundo. Mesmo uma imortal tinha seus momentos de cansaço e estava tendo o dela, depois de andar do Irã até uma cidade infeliz no fim de Seattle chamada Forks, ela precisava de pelo menos uma estalagem, e não havia NADA a não ser frio e o barulho agitado das árvores.
Ela olhava entediada a rua com os braços enrolados contra seu corpo, tudo bem que ela era uma imortal, mas para seu desagrado seu corpo tinha uma espécie de não envelhecimento e mesmo assim seus órgão funcionavam tão perfeitamente quanto de uma jovem de 19 anos, que era sua idade a mais de 4 séculos. foi durante 117 anos de sua vida treinada para aniquilar vampiros contra as regras de Ramon Scarlet, o rei dos feiticeiros, ela não era uma feiticeira, não, eles morreram há 5 séculos atrás, que nascera no século seguinte era filha de sangue legítimo do segundo rei dos 7 reinos, Robert Scarlet, eram descendentes puros dos feiticeiros, mas os poderes se perderam dentre os anos trancafiados em um livro, o tal livro que achou em seus 6 anos descobrindo que era nada mais nada menos que a escolhida dos feiticeiros, a que colocaria ordem no Mundo, mais conhecida como, a justiceira.
viveu muitos anos ainda inconformada com o fato de adquirir talentos que foram gerados da feitiçaria, seu pai um dia lhe disse que seus poderes tinham forças desconhecidas e talvez um dia ela entendesse que servir a algo distinto às regras de Ramon poderia atingir todo o Mundo, e ela de fato odiava esse cargo.
Matar vampiros, caçar criaturas místicas e perseguir bruxas era o que ela fazia a mais de 3 séculos, aprendera a trancafiar seus sentimentos, pelo menos os que a fariam sofrer, como por exemplo a morte de sua família, todos mortos por uma velhice sofrida e natural.
era a única da família Scarlet, não gerara filhos, apesar, nunca se relacionara com nenhum homem ou vampiro sequer.
As leis de Ramon deixavam bem claro em seu livro que vampiros que matassem por pura aventura e desordem deveriam ser mortos, lobisomens eram dentre todos os piores inimigos da Terra pois não tinham controle e matavam sem pensar quando era lua cheia, ela nunca entendeu o por quê de Ramon permitir a existência de vampiros, mesmo sendo discretos e se alimentando por ter de se alimentar, eles matavam pessoas e odiava qualquer criatura no Mundo que matasse um humano.
Ela decidiu sentar em um banco qualquer daquela rua e dormir por ali, não se importava. Então um folheto amassado batera em sua canela e parecia grudar em seu jeans, ela tirou o papel e antes de jogá-lo fora deu uma olhada.
“ Desde o mês passado, 50 pessoas foram encontradas mortas pelas florestas provados ataques animalescos, todos os ataques foram cometidos a noite, aconselhamos a todos os moradores de Forks que a partir das 19h fechem o comercio e se mantenham em suas casas.
Prezamos a vida de nossos moradores.”
Ela olhou um carimbo da prefeitura de Forks e bufou, “Ótimo, agora fui cair justamente numa cidade onde alguma criatura perdeu os neurônios”, pensou irritada.
Sentiu um vento mais gelado que o normal e um cheiro de chocolate com sangue a atingiu.
- Sério ? – aquela voz familiar a fez dar um sorriso brincalhão e ela se virou para seu velho amigo ainda de olhos dourados (o que a fez suspirar aliviada).
- Edward!- a menina correu para o amigo e o abraçou forte.
- Calma garota. - ele riu dentre o abraço esmagador- O que faz em Forks? Essa hora?- Edward olhou em volta a procura de algum ouvinte inesperado, mas não o encontrou.
- Vim caçar uns foras da lei e acabei ficando sem teto porque pelo que vi essa cidade está passando por um momento de terror- jogou o papel para o branco homem que franziu o cenho. - Não tem nada a ver com isso não é Ed?- ela desejava do fundo do coração que ele negasse e logo após a risada gostosa do mesmo, ela se acalmou.
- Sei que pode sentir meu cheiro, ainda me alimento de animais.
- Eu sei... Só estou um pouco cansada, mas... O que está havendo aqui?- ele apertou os olhos e soltou o ar frio pela boca.
- Vamos para minha casa? Carlisle vai amar te reencontrar. – se agitou por dentro ao lembrar-se de seu velho amigo, o mais controlado e sábio vampiro que já conhecera.
- Não será um incômodo?- ela olhou dentro dos olhos do vampiro que mantinha seus pensamentos tão severos quanto sua pose, sorriu ao encontrar a resposta.
- Senti sua falta baixinha, às vezes preciso de alguém tentando invadir minha cabeça. - ela deu um soco fraco em seu braço e sorriu.
- É bom te rever também Edward!- ele apontou com o olhar para a floresta e saiu como uma bala dentre as árvores, corria ao seu lado como se não fosse muito difícil acompanhá-lo. Edward era o mais rápido dos Cullen, mas era a predadora ali e bom... Os vampiros não eram tão rápidos a seu ver.
Pararam em uma mansão composta por paredes de vidros cuja a fizesse lembrar que os vampiros amavam sua estrutura corporal diante ao sol.
- Eles te sentiram. Alice conseguiu ver os vampiros mortos e deduziu que pela agilidade você estivesse por aqui- Edward explicou, riu baixo e o seguiu até a entrada da casa.
Mal passaram pelo batente da porta e ouviu um grande tumulto de vampiros querendo abraça-la, Alice pulou na amiga como se não a visse a mais de um século (o que era verdade), retribuiu o abraço da vampira mais baixa que ela sentindo sua fragrância doce e suave de vegetariana, sorriu com isso. Logo sentiu braços muito fortes a agarrando por trás a tirando do abraço de Alice que protestou um “HEY”, sabia que era Emmett, ela sabia o cheiro que cada vampiro nesse ambiente, pois todos adquiriam um sabor diferente. O grandalhão a apertou forte graças ao seu dom da força e retribuiu o fazendo gemer de dor e gargalhar, Rosalie revirou os olhos rindo baixo e foi até ela.
- Você não vai me abraçar Rose caramelo?- Rosalie bufou ainda risonha do apelido idiota que a menina criara a uns 200 anos atrás e pulou na morena como se precisasse daquele abraço. Rosalie de fato tinha cheiro de caramelo para assim como Emmett tinha de eucalipto (fraco), Ed de chocolate, Esme de rosas e Carlisle de um doce cheiro de perfume masculino. Depois de abraçar todos os vampiros sentiu um cheiro novo no ar, era de flores mas diferente ao de Esme.
- Sim, achávamos que você não aprovaria de primeira, digo, Alice o transformou há uns 100 anos mas ele ainda não é totalmente controlado diante ao sangue- Edward chamou sua atenção e todos examinaram a expressão da morena de olhos verdes tão claros quanto uma pedra preciosa.
- Ele é um Cullen... Por que o julgaria? Sabem minhas regras, os vampiros são ameaça a partir do momento que difamam a sua espécie.
- Sabia que ia aceitaaar- Alice a apertou novamente.
- Traga-o para conhece-lo- sorriu enquanto Alice voava para o segundo andar. – Muito obrigada por me receber Carlisle.
- Você é como uma filha , sumida, ocupada, mas uma de nós.- sentiu um aperto no coração, sentia falta de sua família e os Cullen eram o mais próximo que ela poderia chegar de uma, mesmo sendo todos eles de consideração, eram uma família perfeita e ela se sentia muito especial por ser considerada uma membro. Limpou uma lágrima besta dos olhos e fungou sussurrando um “obrigada”.
Alice desceu com Jasper mais que animada e o apresentou a , ela o adorou e apreciou seu dom tanto quando o de Alice.
- Acho que está cansada- Esme pousou a mão em seu ombro e ela fez uma careta.
- Não durmo há uns dias, vim caçando uns vampiros do Irã até aqui, por falar nisso acho que devo explicações dos ataques dessa cidade- ela colocou as mãos na cintura como uma menina mandona, era a mais velha dali e mesmo assim Carlisle a tratava como uma criança o que fazia ela se sentir como uma, todos riram e Carlisle negou.
- Explicamos tudo amanhã depois de você descansar.- a empurrou para a escada.- E não adianta tentar ler nossas mentes, você vai esperar. Alice, leve-a para o quarto de visitas- A vampira baixinha pulou sorridente do sofá e puxou a amiga em protestos para o quarto.
- Amanhã eu te trago roupas, boa noite Scarlet- Alice abandonou o quarto saltitante e feliz pela chegada da amiga pensando em mil planos para elas fazerem durante sua estadia.
- Isso ai, me deixem aqui sem nada.- bufou na cama, odiava esperar que a contassem algo, ouviu a risada do grupo e Edward falou em sua mente, “durma logo rabugenta”. Ela respondeu “cuidado Cullen, eu te amasso só com o pensamento.”, ele riu mais alto e falou em voz alta.
- Você não machucaria seu irmãozinho predileto.
- Me tente- ela riu e finalmente capotou na cama só dando tempo de tirar os sapatos gastos e dormir.
Capítulo 2- Transformo?
O sol batia fortemente em meu rosto, demorei um segundo para lembrar que estava na casa dos Cullen’s. Levantei num pulo e me espreguicei. Ótimo, Alice deixou uma peça de roupas e um par de botas, pelo menos ela entende que não sou muito chegada a saltos.
Sorri ao me olhar no espelho, pelo menos uma qualidade em ser uma imortal, quero dizer, você nunca acorda com cara de sono ou nunca parece estar com sono. Peguei as roupas deixadas por Alice e entrei num longo banho quente, cantei umas 3 músicas até me sentir totalmente limpa e sai me vesti em menos de meio segundo e já descia as escadas jogando meus cabelos molhados para trás.
- Com esse cheiro é impossível ficar sóbrio nessa casa- recebi um braço imenso do meu ursão Emmett, Rosalie bufou do sofá e eu o afastei de mim rindo.
- Esse sanguinho aqui- apontei pro meu corpo- Não é pra você- virei fazendo pose e fui rindo até a cozinha.
- Bom dia meu amor- Esme me deu um beijo estalado na testa e eu corei.
- Bom dia Esme, tem algo pra comer?- na mesma hora que perguntei senti um cheiro de panquecas que me fizeram babar, Esme gargalhou e me indicou à mesa.
- Dois pratos?- perguntei assim que sentei no meu lugar da mesa e vi que na verdade não eram sós dois pratos, mas dois copos e muita comida só pra mim.
- Ah querida, não se incomoda de comer com Bella não é?- Bella? Assim que esse nome entrou em minha cabeça, ouvi uma voz aguda demais e baixa demais atingirem minha audição. Ela deveria estar a uns 2 quilômetros daqui, ouvi a mesma voz na mente de Esme e me arrepiei ao vê-la com Ed.
- , não tente saber antes do tempo- a vampira me repreendeu e eu sorri sapeca.
- Acho que posso esperar o resto. – perguntaria onde estavam Carlisle, Ed, Alice e Jasper se não tivesse visto claramente na mente de Esme que Carlisle fora para o hospital, Alice e Jasper decidiram caçar de madrugada e Ed... Edward estava com Bella.
Fiquei sozinha sentada na mesa e não conseguia tocar no meu prato, não sei quantos minutos se passaram até ouvir uma respiração acelerada a uns metros de distância, e isso faz diferença porque como todos sabemos, os vampiros não respiram, eles até fingem respirar, mas não em casa. Era ela, senti seu cheiro forte e doce que chamaria atenção de qualquer vampiro que fosse.
- Ah não- Rosalie grunhiu para Emmett na sala e ele murmurou algo como “Rose! Ela é parceira do Edward agora”, parceira? Desde quando uma humana pode ser “parceira” de um vampiro? E desde quando o meu vampiro tem uma parceira?
Continuei imóvel na cadeira, sim, sou ciumenta demais ao ponto de odiar tudo em Bella antes mesmo de vê-la. Ed era meu confidente, dividíamos nossas mentes e nunca ninguém tiraria isso de mim.
“Não seja tola”, ouvi aquela voz mansa em minha cabeça e o escudo entre meu corpo se formou fazendo com que fosse impossível algum contato com a mente de Ed.
- Olá querida. – Esme a cumprimentou na sala, eu ouvia tudo desde sua respiração a seus pensamentos, mas que merda de garota pensa “como se um anjo de cristais sorrisse para mim”, Esme pode ser a criatura mais perfeita do mundo, mas “anjo de cristais”? Fala sério!
Em um minuto eu já estava cansada dos pensamentos tolos de Bella, e percebi que Edward não a decifrava, ele não a ouvia.
- ? Essa é Bella.- Edward estava à minha frente com uma espécie de branquela meio molenga demais, o que essa garota era? Ela parecia doente e com um rosto meio assustado.
- Prazer- sorri o mais sincera possível. – Bella Swan, não tive muito tempo pra ouvir falar de você, mas pelo visto vocês tem uma coisa bem... Forte- fiz careta enquanto ela olhava para Ed pedindo respostas.
- Er... – ela pareceu prender o ar, seus pensamentos gritavam algo como “respira”, “ela consegue ser mais linda que Rosalie”, “Será que ela é uma vampira?”, “Por que ela está aqui?”.
- Bella e eu... Nós... – antes de Ed se enrolar em suas palavras tolas eu o completei.
- Namorados, eu sei, acha que não consigo ouvi-la? – ri alto, mas sabendo o que causaria com o comentário.
- Você... Lê mentes?- Bella perguntou um pouco sufocada com o próprio ar, assenti de leve dizendo que sim e Edward não deixou sua cara de espanto escapar.
- Mas Edward... - ela perdeu a fala e ele também, ignorei aquilo tudo, não acho que estava pronta para conhecer a “Mrs. Monga Namorada do Meu Melhor Amigo”, me levantei e sorri para eles.
- Já estou cheia, bom café- olhei acolhedora para Bella e desbloqueei minha mente para Ed dizendo “Não venha atrás de mim”. Sou muito bipolar, eu sei, antes de sair da casa vi um sorriso maléfico de Rose e um olhar preocupado de Emmett, com certeza por motivos bem diferentes. Fui em direção à floresta sem pensar em nada, que raiva eu tenho dessa Swan!
Vaguei um bom tempo sozinha até sentir a presença de algo, nunca senti esse cheiro antes. Não era um humano, ou vampiro. Não precisava me concentrar muito para achar o animal, talvez fosse o causador das mortes de Forks, sorri quando capturei sua mente, então era um lobisomem...
Ele corria um pouco desajeitado pelo que ouvia de suas patas sendo arrastadas no chão.
“Mas que merda Seth, eu falei pra não se mover, agora corre daí enquanto eu chego”, me assustei ao ouvir mais de uma voz em sua cabeça, o tal de Seth bufou enquanto o outro ainda falava.
“Como e você fosse ótimo em ser discreto não é Embry?” ele rebateu. Como pode? Lobisomens não leem mentes e muito menos se comunicam por elas.
“Ela parece saber exatamente onde eu estou”, Seth parou de correr e olhou para trás. Eu não precisava estar na frente dele para vê-lo, é para isso que eu sirvo, eu só preciso me concentrar em sua mente que eu o acho.
“O que está havendo aqui?” uma voz mais grave tomou conta da ‘rodinha de mentes’, Seth passou toda a imagem que presenciou desde a minha chegada à floresta.
“Seth, Embry, chamem Sam, eu sinto que essa garota é muito mais que uma humana” pelo menos ele sabe não é? Fala sério, quantos lobisomens existem em Forks? Preciso matar todos eles.
“Ela não fede a vampiro” feder? Vampiros não fedem! Muito menos para os lobisomens.
“Exatamente, não sente o cheiro? Chega a ser melhor que o de...”.
“Bella” Seth riu baixo enquanto o outro grunhia baixo.
“Agora... Por que ela continua parada ali?” Embry perguntou, eu podia senti-lo bem longe dali, parecia que todos me viam pelos olhos de Seth.
Percebi que estava mesmo como uma bobona ali.
“Eu vou lá” o terceiro murmurou, Seth e Embry protestaram e eu só esperei.
Segundos depois, um lobo avermelhado apareceu na minha frente, diferente de todo lobisomem que já havia visto, ele era enorme e tinha pelos tão sedosos e brilhantes quanto os de uma top model. Então a fixa caiu, estávamos de manhã e eles estavam transformados.
O lobo gigante me olhou nos olhos e por um segundo fiquei sem ar, meu peito acelerou e eu podia dizer que não conseguiria acordar sem poder ver aqueles olhos, não conseguiria viver em mundo onde ele não vivesse.
“O- o-o-quê... JAKE DESENCALHOU” Embry gritou em sua cabeça e o lobo na minha frente sacudiu a cabeça atordoado.
“Cala boca Embry, nós ainda temos que achar Sam, deixa o Jake ai” assim que Seth disse isso pude sentir duas mentes a menos ali.
- Ok, o que são vocês?- soltei enfim, não esperaria uma guerra para decidir o que fazer.
“Você... Pode nos ouvir?” aquela voz de novo fez meu coração acelerar, limpei a garganta e disse.
“Claro que posso! Por que acha que eu estou aqui parada?” respondi em sua cabeça, ele esbugalhou os olhos.
“Quem é você? O que faz aqui?” bufei com aquilo, olhei para as arvores e para ele de novo.
“Bem... Sou , estou com os Cullen, e... Na verdade parece que eu estou aqui para matar vocês” suspirei um pouco triste com minhas próprias palavras.
“Matar? Você tem coragem de nos enfrentar em nossa própria terra?” ele pareceu incrédulo.
“Lobisomens não têm terras, vocês matam pessoas sem misericórdia, olha o que fizeram a essa cidade!” ele soltou uma gargalhada estrondosa e murmurou um “Pera ai”, sentei num tronco atrás de mim já que ele nunca poderia fugir mesmo, mas logo que o lobo entrou na floresta ouvi um barulho e o som de quatro patas passou para duas pernas, ele se vestiu rápido e voltou para mim. Seu rosto era divertido, ele tinha pele avermelhada e músculos tão definidos quanto os de Emmett, seu cabelo era um liso espetado e seu sorriso sapeca fazia seu olhos se encolherem e o garoto mais lindo visto por mim, aparecer bem na minha frente.
- Do que está rindo?- me numa velocidade incomum para qualquer humano.
- Prazer Jacob, e tenho certeza que não é atrás de mim ou dos meninos que você está. - ele sorriu de novo.
- É, Jacob? Por quê?- coloquei as mãos na cintura e ele passou a mão no cabelo fazendo os músculos de seu braço se enrijecer.
- Primeiro. Não somos lobisomens, somos lobos, transformos- minha cabeça se confundiu então pedi refugio à dele, logo, fui atingida por lembranças de lendas, transformações, paixões, e Bella, Bella Swan. Mas que merda essa monga tem de mais?
Meus olhos com certeza mostravam raiva, mesmo que eu ainda estivesse totalmente hipnotizada pelas histórias dos Quileutes, eu poderia jogar uma árvore na cara de Jacob, tudo por conta dela.
- Você está bem?- ele se aproximou me fazendo ranger os dentes.
- Estou, Black- suspirei tentando puxar ar para meu pulmão e acabei o encarando novamente. Meu nariz coçou de um jeito engraçado e meu estômago deu um giro de 180º. Jacob era com certeza um índio daqueles que você quer na sua cama usando somente uma faixa nas partes íntimas, ou nada.
Depois de lutar contra aquele homem, percebi que ele estava rindo e logo minha carranca voltou.
- Que é cachorro?- murmurei, ele revirou os olhos.
- Você parece a vampira loira- fez uma careta e eu não precisava ouvir seus pensamentos para saber que ele se referia à Rosalie.
- Talvez... E dai?- bufei impaciente, ok, eu sabia que estava sendo um pé no saco mas se fosse num dia normal eu já teria arrancado o coração desse cachorro/moreno/suado/gostoso e ele nem teria tempo pra questionar.
- Ok Sra. Problemas, não vim arranjar uma super luta- ele tossiu- e nem quero, é que bom... Não sei se os Cullen te avisaram mas, essa é a área dos quileutes.- então era isso? Eu invadi a terrinha dos índios sarados?
- E vampiros não podem entrar...- ri.
- Ótimo, não vamos ter problemas então- me virei andando para longe.
- O-o que?- ele rápido acompanhou meus passos, me desviava rapidamente dos galhos tentando achar uma saída, senti uma movimentação à uns metros mas Jacob me parou segurando meu braço, tentei ignorar a temperatura de seu corpo e os formigamentos em meu braço mas tudo que consegui foi um gemido inaudível e frustado.
- O que você é?- olhei pra baixo com a respiração acelerada pela aproximação daquele homem todo.
- Não sou uma vampira, satisfeito?- ele ergueu uma sobrancelha e riu
- Muito na verdade, então... Se não é uma vampira, é...?
- Nunca coloquei um nome na minha espécie, vamos dizer que sou um pouco, talentosa.
- Entendo... e quantos anos a moça talentosa tem?- como assim ele perguntou minha idade? Pareço tão velha assim? Quero dizer, eu não envelheço!
- Não se pergunta a idade de uma mulher, Jacob!- ele enfim me soltou e sacudi os braços.- Sou mais velha que seu bisavô- ri da cara de espanto dele- 407 anos pra ser mais exata, eu nunca paro de contar.
Capítulo 3- A Lenda
Depois de uns 30 minutos vendo Jacob paralisado, minha paciência estourou, eu era um pouquinho velha, mas e dai? Ele vive num mundo onde os vampiros têm mais ou menos essa idade. Bufei impaciente e revirei os olhos, aquele garoto só pode ser doente, talvez esse seja o motivo de gostar da Puro-Osso-Swan. Lembrei que não havia comido na casa dos Cullen por conta dessa “coisa”, e meu estômago roncou, junto disso Jacob fez uma careta.
- 407? Não quis dizer 17?- sério lobo? Eu gargalhei.
- Sou descendente de feiticeiros, Black, alguns lugares do Mundo me
caracterizam como “Justiceira”, “A bem feitora”, “caçadora”, mas eu me chamo de - sorri no final.
- Você tá dizendo que essa coisa de bruxa é verdade?
- Não seja cabeça pequena Jacob, bruxos não são feiticeiros, e feiticeiros não existem mais, eu herdei um fardo, e esse fardo me deu alguns dons.- eu precisava comer, meu estômago roncava tão alto que eu sentia que meu corpo ia desfalecer.
- Dons...- choraminguei baixo e apertei minha barriga.
- A gente pode continuar isso depois?- eu realmente queria vê-lo de novo e não sabia o porquê. Ele me encarou um pouco confuso e enfim riu.
- Você come- como assim “você come”, claro que eu como, todo mundo come!
- Duh- eu sou definitivamente a pessoa mais chata do Mundo, acho que esse tempo de perseguição de vampiros e lobisomens me deixaram assim.
- É que vampiros não comem- ele se explicou.
- Na verdade, eles comem- fiz careta. – Queria muito que não se alimentassem definitivamente- bufei.
- , que tal ir à aldeia?- ele tá me convidando assim?- Meu pai amaria saber da sua história, e já que não é vampira, tem passe livre.
- Não acho que seja prudente- qual é , ele não conseguiria arrancar um fio do seu cabelo mesmo que tentasse, não custa dar uma chance ao cachorro.
- Vamos !- ele me olhou tão intensamente que minhas pupilas quase dilataram.
- Tudo bem- soltei os ombros- Mas só se tiver comida- sou debochada mesmo, ele me convidou, que arque com as consequências.
- O que mais temos é comida.- uma piscadela daquele ser maravilhoso e eu quase caí no chão. Limpei a garganta novamente e assenti positivamente, eu era louca de seguir um lobo?
Jacob me guiou dentre a floresta para o tal lugar movimentado que eu sentira. Pude ver, ao longe, pequenas casas de madeira, uma ao lado da outra, algumas distantes e mesmo assim causando um ar de “família”, me arrepiei com o pensamento. O vento ali era mais forte e algumas crianças corriam pelas ruas de terra, Jacob, sempre sorrindo, parou em uma casa vermelha, pequena e com uma escadinha baixa, eu o segui até a varanda em silêncio, não conseguia nem pensar em entrar em seus pensamentos.
- Bem vinda- ele abriu a porta da casinha e sorriu abertamente me esperando entrar.
- Arn, licença...- Passei os olhos no lugar e fiquei impressionada em como uma casa tão pequena poderia ser tão aconchegante.
- Jacob voc...- um senhor apareceu na sala sentado em um cadeira de rodas, eu franzi o cenho ao vê-lo, na verdade seus traços eram muitos parecidos ao de Jacob, mas seu cabelo era muito longo e uma mecha branca descia em um movimento retilíneo em seus fios.- Trouxe visita- ele me encarou profundamente e após isso abriu um sorriso acolhedor.
- Eu... Prazer, .- assim que minha mão tocou a do índio, não pude evitar invadir sua mente, era misteriosa, grandes histórias sobre as lendas, os lobos, a família Black, a mãe de Jacob, suas irmãs, e algo que estava martelando na cabeça do índio, algo que nem mesmo eu conseguir entender. Uma coisa chamada “imprinting”.
- Satisfeita?- ele me perguntou ainda com o sorriso no rosto, sacudi a cabeça atordoada e me afastei.
- Eu... Me desculpe.
- Tudo bem querida- ele olhou significativamente para o filho e mesmo que eu não quisesse, ouvi ele pensar “Parece que as lendas se concretizaram”, mas que lendas são essas? As únicas que eu vira foram dos Quileutes.
- Pai, a está com fome- Jacob quebrou o clima- E eu também.
- Ah, sim, venham...- segui o cadeirante em silêncio e Jacob ia na frente.- Eu não sabia que receberíamos visita então fiz somente comida para no máximo 4, divida Jacob- ele respondeu com uma risada baixa e eu fiquei parada na frente de um cadeira de madeira. Nunca fui do tipo tímida, mas aquele senhor conseguia me fazer sentir... Respeito.
- Então , de onde é? Eu nunca te vi por aqui.- percebi que estava parada demais então limpei a garganta e falei.
- Na verdade eu nasci em Roma- me virei para Billy que me pareceu assustado, “Do outro lado do universo”, ri com seu pensamento.- Tenho me mudado muito de uns anos pra cá.
- Mas tão nova- ele pensou um pouco e desisti de desvendar aquela mente complicada.- Por que parou em Seattle?
- Acredite, não foi por querer, na verdade, eu vim aqui em um trabalho e acabei me metendo em outro- bufei- Por mim eu já estaria longe.
- Estaria?- Jacob tirou minha atenção, ele estava sendo me encarando com seu prato na mesa. Abaixei a cabeça
- Minha vida é assim, eu não posso parar em um lugar.- o clima ficou meio tenso e eu estava confusa com isso, mas Billy colocou um prato na minha frente com um frango que parecia delicioso, eu me sentei rápido o agradecendo e comecei a devorar o frango.
- Tem um apetite e tanto- Billy riu.- Pra falar a verdade eu duvidava que você comesse.
- Ela não é...- Jacob ia falar mas o pai o cortou
- Vampira, eu sei, não vê que ela anda corando de segundo em segundo? Eu me referia ao corpo dela, magra.
- AH- eu ri e Jacob também- Obrigada pelo elogio, mas isso é por causa do meu congelamento de corpo.
- Hã?- perguntou o gostoso a minha frente de boca cheia, ri mais. Me sentia muito bem na presença deles e isso era... Incrível.
- Meu corpo está congelado por um tempo, mas por fora é claro, meu organismo funciona normalmente.- não tinha medo de me abrir com nenhum deles, na verdade acho que me simpatizei demais com os Quileutes, e conhecer a vida deles por um introduçãozinha de mente, ajudava muito.
- Adoraria ouvir sua história , se não fosse incômodo é claro- o senhor riu e seu rosto ainda não tão velho assim me deixou ver duas covinhas quase imperceptíveis.
- Sem problemas- retribui o sorriso. Ele saiu da cozinha e Jacob largou o garfo na mesa.
- Você parece bem mais simpática com ele- se queixou, eu revirei os olhos.
- Ele merece- dei ombros.
- Eu te trouxe a minha casa, pra comer e é assim que me agradece?- Jacob sabia me irritar, mesmo que fosse quase impossível com aquele corpo, mas eu não ia cair naquela ladainha.
- Obrigada pelo almoço Jacob.- fiz a pior cara de sínica e ele ergueu a sobrancelha.
- Bem melhor- riu. Como não aguentei, em um movimento com o olhar movi seu próprio braço dando um tapa em sua cara, ele aterrorizado, me olhou com raiva. Aí sim eu ri.
- Bem melhor- repeti suas palavras.
- Você não sabe com quem está mexendo!- seu rosto mostrava raiva, mas sua mente mostrava... Sua mente falava “Mesmo com o humor negro, essa garota me faz perder o fôlego, bendito imprinting”, o que? Ok, já chega, o que é imprinting??
Terminei de comer rápido e lavei meu prato, enquanto Jacob me encarava.
Billy me chamou na sala e eu fui até lá, ele estava na frente de uma poltrona e pediu que eu me sentasse.
- Você já sabe tudo que deveria, não sabe querida?- não entendi sua pergunta mas seus pensamentos me conduziram a resposta adequada.
- Sobre a tribo? Sim... Mas Sr. Black...
- Me chame de Billy- assenti positivamente.
- Billy, o que seria imprinting?- ele me olhou com um sorriso e uma tossida veio da cozinha, parecia que Jacob havia se engasgado com um osso.
- Ah... Que tal perguntar isso ao Jacob mais tarde?- ao Jacob? Por que? O mesmo murmurou um “valeu velho” que se eu não tivesse a audição aguçada demais, não teria escutado.
- Claro, claro... Mas então, o que quer saber de mim?- ele me olhou por um segundo pensando e soltou.
- Qual é seu sobrenome?- ok, meio estranho, mas se eu ia me abrir pros Black (não me perguntem o por quê), teria que falar pelo menos isso, certo?
- Scarlet- vi os olhos do índio brilharem e sua mente ficar turbinada de pensamentos, muitos do tipo “chegou a hora”, “filha do rei”, “como se as lendas estivessem aqui na minha frente”
- Billy- chamei sua atenção.- Será que pode me explicar essa coisa de lenda?- fiz careta, ele moveu sua cadeira de rodas em silêncio até uma estante próxima e eu o acompanhei com os olhos, ele pegou um livro e trouxe até mim. Jacob estava entrando na sala nesse instante.
- O que é isso?- ele perguntou apontando pro livro em minhas pernas.
- Parece que é parte de uma lenda.
- Eu?- mal me contive e já remexia o livro. Pra mim, era somente preciso tocar nas páginas que o conteúdo invadia minha mente.
Lenda... A profecia da Justiceira, uma garota com dons gerados por feiticeiros, ela se tornaria a chave da salvação do Mundo. Seu objetivo era manter o Mundo estável e sem os transformos nele, todo o tipo de escuridão poderia domá-lo. Ela teria um “imprinting” com o alpha de sangue, e os dois formariam o sol e a lua, eles juntariam as luzes e a guerra começaria.
- Mas que mer...- não pude terminar de falar e Billy segurou minha mão.
- , você é mais do que somente uma descendente de feiticeiros. Eles te deram esses poderes por um motivo.
- Sim, meu pai me dizia que um dia eu uma luta aconteceria, os Scarlet’s não estariam mais aqui e tudo o que me restaria seria meus poderes.
- O seu maior poder é a justiça, querida.- não entendi suas palavras.- Você ainda tem muito que aprender, mas saiba que não poderá fugir disso, é seu destino, assim como o de Jacob.
- Meu destino o que?- Ele encarou o pai.- Do que nós estamos falando?
- Com calma filho, você saberá na hora certa- ele me olhou significativamente e eu soube que não era hora mesmo de Jacob saber o que quer que seja essa lenda. Mas uma coisa que não conseguia sair da minha cabeça era o fato de que quando eu ouvi as lendas pela mente de Billy, soube que Jacob era o alpha de sangue, e se eu iria ter um “imprinting” com o alpha... Alguma coisa muito estranha estava acontecendo ali.
Capítulo 4- Jacob, não tão forte, Black.
Após a pequena e confusa conversa com Billy, Jacob não parava de fazer perguntas enquanto me levava até a casa dos Cullen.
- Jake, cala a boca, tá me dando dor de cabeça. – murmurei impaciente, ele fez um barulho engraçado e riu.
- Eu parei de falar há uns 2 minutos.- eu o encarei zangada.
- E seus pensamentos estão mais altos que uma buzina de caminhão.- debati
- Tudo bem Senhorita Rabugenta, eu paro de pensar e você me explica o que dizia na história.
- Coisas bobas sobre a minha família, eles eram reis.- tentei fingir e parece que o lobão acreditou.
- Reis? Do tipo, que sentam num trono e mandam no mundo?
- No reino, sim.- ri um pouco da inocência dele.
- Você é estranha Scarlet...
- Por que?- parei com uma sobrancelha erguida
- Seu temperamento, ele é totalmente anormal, você ri, dai você grita e ri de novo.- ele mexeu no cabelo e seus músculos ficaram mais rígidos, limpei a garganta e olhei aqueles olhos negros que me tiravam o ar.
- Você também é estranho, numa hora merece minha educação, e em outras eu devia pisar em você- ele balançou a cabeça com um sorrisinho.
- Você não conseguiria.- ele me desafiou?
- Isso é... Um desafio?- mal falei e um lobo tomou lugar do corpo forte de Jake, ele realmente queria brincar.- Ok cachorro, duvida mesmo que eu pise no seu focinho?- perguntei irônica e ouvi um rosnado bravo. Ri.
“Suas falas de velha já estão me dando sono” Agora sim ele pegou pesado, ele foi pra trás assim que viu meu corpo ficar em pose de ataque, ele sabia me irritar.
Poderia ter feito mil pesadelos em sua mente, quebrado todos os ossos de seu corpo, tirado cada gota de seu sangue, mas isso era uma diversão e não uma caça. E Jacob merecia sofrer um pouco.
Pulamos quase ao mesmo tempo no ar, a floresta parecia maior agora, as patas gigantes do lobo, castanho avermelhado, me atingiram em cheio, ele me agarrou antes de tocarmos no chão, mas eu me soltei com rapidez, pulei em cima dele e ri da situação, ele rodava que nem um cachorro idiota. Antes que ele decidisse levantar, dei uma cotovelada em sua costela e senti os ossos se partirem, ele rosnou alto, e então meu peito doeu.
Eu não sabia o que fazer, levei a brincadeira a serio demais, Jacob estava agora nú na minha frente, fora tudo muito rápido, eu sentia meu coração doer demais.
- Jacob, responda, por favor, desculpa!- minhas mãos tremiam, minha cabeça rodava e a dor parecia aumentar, eu não sabia como poderia sentir isso, eu nunca senti nada parecido, nem um pouco de pena dos monstros que matei, mas Jacob não era um monstro, ele era a criatura mais pura e magnífica do Mundo, um quileute, o garoto mais idiota e lindo. Eu não poderia ter o machucado, idiota.
Sua mente vagava numa escuridão completa, mas eu sentia sua respiração. Comecei a olhar para os lados e então ouvi um rugido, não tinha percebido a chegada deles, mas 3 lobos gigantes me encaravam com os dentes para fora. Um deles, o menor, que eu sabia ser Seth, olhava para o corpo de Jake com os olhos apavorados.
“O que essa garota fez?” uma voz feminina entrou em sintonia com a minha mente.
- Eu... Desculpem, meu nome é , o Jake... A gente estava brincando, mas daí acabou que eu o machuquei- me expliquei rápido demais, o lobo cinza com partes castanhas, latiu e a voz se repetiu.
“Mate-a Sam! Olha isso, o Jake está quase morrendo” o lobo de maior tamanho ali, me encarou seriamente e depois para Jake.
“Acho que ela nos ouve”
- Sim, eu ouço, posso contar quem sou depois, mas por favor me ajudem com Jacob, ele... Ele não tem pensamentos.- meu corpo tremia agora mais forte, a visão começava a embaçar e então senti um focinho gelado no meu ombro. Era Seth.
“Ela é o imprinting de Jake, Sam” de novo essa palavra, encarei o lobinho confusa, Sam chegou perto de Jacob e latiu ordenando.
“Leah, leve Jake para a minha casa, Seth chame ao doutor Carlisle, eu vou depois”, a voz era pesada, quase me fazia sentir medo, eu disse quase. Após ver Leah tentando pegar Jake com os dentes eu berrei.
- NÃO! Vai machuca-lo!- não sabia o por que de me preocupar tanto com aquele lobo bobão, mas mesmo o conhecendo há poucas horas, não podia vê-lo ferido.
“Você já fez isso demais” a loba rebateu, eu a ignorei e supliquei a Sam.
- Deixe que eu o leve- eles se entreolharam.
“Acho que se você causou isso a ele, deve conseguir carrega-lo” indicou a cabeça para que eu o pegasse, Leah bufou forte e eu peguei Jacob nú em meus braços, acredite, não tinha forças para olhá-lo. Segui a loba estressada até uma casa de madeira um tanto maior que a de Jacob.
“Entre, vou pegar roupas” disse fria.
- Claro- revirei os olhos pra ela e segui até a porta com Jake nos braços, mal pensei em bater na porta e uma índia de cabelos compridos e uma marca um, tanto quanto chamativa, no rosto a abriu.
- Oh! Jacob!- ela exclamou assustada e me encarou mais confusa ainda.
- , bom... Sam falou pra traze-lo aqui, Carlisle está vindo...- ela assentiu sem pestanejar e me guiou até um quarto onde coloquei Jake deitado, parecia que ele era a menina da história, ele gemeu alto quando foi colocado na mesma.
- O que houve com ele?- ela me olhou com um pouco de insegurança.
- Um desentendimento, parece que esse lobo não é tão forte.- franzi o cenho com a piada, eu não queria rir, ver aquele homem suando e gemendo de dor, me deixava inquieta.
A mulher chamada Emily, mexeu em uma mecha de cabelo e o resto de sua cicatriz apareceu, era muito grande, muito funda, mesmo assim não escondia a beleza em seu rosto. Resolvi não perguntar nada sobre isso e continuei encarando Jacob.
- Jake- choraminguei- Por que tinha que ser tão teimoso?
- Eles são assim- ela suspirou- Mas fica calma, eles sempre se curam.
- Sempre?- questionei, ele parecia tão fraco e tão inconsciente que eu chegava a duvidar.
- Sempre- um homem de porte grande apareceu no batente da porta, ele deu três rápidos beijos no rosto da índia e ela sorriu, ele era o Sam.
- Sam! Onde está Carlisle?- voei até ele, eles se encararam confusos.
- Você os conhece... Não me cheira a vampira.
- Ah... Posso explicar depois, mas, me diga que Jake vai ficar bem!- ele passou os olhos para Jacob na cama e mordeu os lábios.
- Não sou médico, só o Dr Cullen pode nos dizer, mas somos lobos, não nos quebramos fácil.
- Claro- murmurei pra mim mesma.
- Como você fez isso garota?- Agora uma linda mulher entrava no quarto, ela tinha os cabelos até um pouco acima dos ombros e um corpo incrivelmente com curvas, era simplesmente linda. Mas seu rosto era carrancudo e eu soube que aquela era Leah.
Suspirei tentando acalmar meus nervos.
- Ele duvidou que eu pisasse nele, começamos uma “lutinha”, mas eu não me controlei, nunca precisei me controlar!- tentei explicar
- Está tudo bem .- aquela voz me fez me acalmar, era Carlisle, ele olhava com pena para Jake e em seguida suspirou.- Podem nos deixar sozinhos?- se referiu aos outros.
- Se não se incomoda Dr, eu prefiro ficar aqui- Sam o encarou sério, ele assentiu, mas continuou.
- Um só está ótimo para a segurança dele- os dois se encararam por mais um tempo e Sam falou.
- Nos deixem.- olhou para os 3 na porta, Seth também estava ali, me virei para Carlisle e ele abriu sua maleta de emergência. Examinou Jacob e enfim falou.
- Ele fraturou a costela, e parece que seu corpo não se cura sozinho, foi um estrago e tanto.
- E agora?- me apavorei.
- Eu teria que coloca-la no lugar, mas isso será doloroso- ele olhou pra Sam como se pedisse permissão, o mesmo assentiu sério. Carlisle se posicionou na frente de Jake e contorceu o corpo mole do menino, uma dor forte me atingiu, mais forte que a outra, Jacob berrou e eu caí de joelhos no chão.
Carlisle me encarou apavorado e Sam tentou me ajudar, Jake gritava e eu sentia meu peito se rasgar, as lágrimas caíam fortemente.
- O que é isso?- perguntava a Carlisle, ele continuava me olhando apavorado, deitou Jacob na cama novamente com alguns gemidos de dor, e começou a enfaixa-lo.
Sam me ajudou a levantar e me sentou na cama ao lado de Jake. Eu me abraçava soluçando.
- ...- Carlisle ia falar algo mas Sam o impediu.
- Acho que Jake ainda não contou.- pareceu papo encerrado, o Cullen me encarou e perguntou em sua mente.
“ O que sabe sobre imprinting?” eu pisquei forte e respondi somente para ele.
“Estou querendo saber o que é o dia inteiro” ele sorriu de lado e se virou para Sam.
- Jacob vai ficar bem, peça a Emily para preparar esses chás- ele escreveu num bloquinho e entregou ao grandalhão.- Vai ficar ?- me perguntou, eu olhei para Jacob e para Sam.
- Posso?- supliquei, ele descansou os ombros e assentiu positivamente. Acho que nunca, em toda minha vida, me senti assim, nem mesmo quando meu pai falecera na madrugada de verão em uma cama cercado por serviçais.
- Será que a gente pode conversar?- A voz de Sam me tirou de lembranças, eu concordei já muito calma.- Como você pôde fazer isso a Jake?
- Sam... É difícil, eu tenho centenas de anos.- seus olhos se esbugalharam- Não sou vampira, eu caço vampiros, lobos, bruxas... É tudo uma questão de equilíbrio, eu mantenho o Mundo equilibrado a mais tempo que seus bisavós pensavam em nascer, essa força- olhei para minhas mãos- é muito grande, e eu nunca tive se conte-la, mas esqueci que Jake era um lobo e não um justiceiro como eu.
- Justiceiro, bruxas... Tudo muito anormal- ele sacudiu a cabeça.
- E você é um transformo. De onde acha que a magia de vocês veio? Tudo tem sua fonte, com certeza os deuses de vocês foram feiticeiros na vida.
- Entendo seu ponto, , será impossível separar você de Jake de agora em diante, mas não use essa força- apontou pra mim- de novo.
- Por que impossível?
- Vocês tiveram um Imprinting.- ele olhou em meus olhos, eu fervi ao ouvir essa palavra.
- E o que é um Imprinting, Sam?- ele gargalhou.
- Você está tentando descobrir a muito tempo não é?- assenti- ele sentou do meu lado e suspirou.- É quando o lobo encontra sua metade, na verdade, o centro de sua vida. Nem todos nós temos, mas os que a recebem sabem, é o sentimento mais puro, mais intenso e verdadeiro. É impossível separar o lobo de seu imprinting, só a morte pode desfazer essa ligação, e acredite, não é fácil.
- Você teve um Imprinting com Emily?- seus olhos brilharam e ele encarou a porta com um sorriso lindo no rosto, eu senti que aquele sentimento era mesmo perfeito.
- Sim, e você com Jacob- impossível, eu não senti, senti? Quero dizer, essas dores, esses arrepios, as briguinhas... Isso tudo era Imprinting?
- Mas Sam... Eu não acho que isso tenha acontecido.- fiz careta.
- Aconteceu, é só olhar nos olhos dele pra ver, eu vi pelos olhos de Seth, quando ele bateu os olhos em você.
- Isso é um pouco demais pra mim.
- Realmente, é demais pra todos.
- Então...- tudo fez sentido, as lendas, Billy e seu jeito misterioso, o fato que Jake me levara em sua casa. Mas ele era tão novo, tão...- Ele é uma criança!- quase gritei para Sam e ele gargalhou.
- Você que é velha demais. Não se preocupe Ruama, os lobos não envelhecem.- Ok, isso foi um alívio, mas por que? Eu queria ficar com ele por toda minha eternidade? Com aquele cachorro fraco e cheiroso que parecia mais um deus? Eu só podia estar ficando louca ou aquele imprinting realmente aconteceu, e isso era insano.
- Talvez você devesse descansar- Sam fez uma careta e eu assenti
- Mas não quero voltar para os Cullen- assim que lembrei da perebenta Swan senti um arrepio imenso.
- Pode ficar aqui
Sam saiu do quarto e eu fiquei sentada ao lado de Jake na cama, encarando cada detalhe daquele rosto moreno, agora ele parecia mais calmo, ainda com dor, mas suas bochechas estavam menos vermelhas que antes. Aquilo causava um pouco de nervoso em mim, já que agora eu sabia o que a lenda significava, mas como saberia se Jacob aceitaria tudo isso? E se ele negasse? E se ele se recusasse a ficar comigo?
Muitas perguntas me fizeram ter sono, e foi ali mesmo, ao lado daquele corpo suado de dor e quente, que eu cai no sono.
Capítulo 5- Intrusa.
Acordei meio dolorido e enfim lembrei o que acontecera, de princípio fiquei constrangido, mas então coloquei na cabeça que ela era uma "Justiceira", digo, era fato que ela devia ser mais forte que eu. Ia me levantar até que senti seus cabelos em meu braço, ela estava ali enroscada perfeitamente no meu peito. Eu não sabia como fui parar ali na casa de Sam, e nem como ELA foi parar do meu lado.
Seu rosto era tão perfeito que me fazia suspirar, sim, eu sei que isso era gay, mas era a verdade. Eu não ligava nem um pouco por quase ter sido morto por ela, eu simplesmente não conseguiria odiá-la. Vi que ela estava sorrindo, e isso me fez sorrir junto, decidi não me mexer para continuar vendo aquela menina que parecia tão indefesa(dormindo).
- Você acordou- Sam disse da porta, virei para ele e vi sua cara de bobão.
- Fala baixo- cochichei, ele riu engraçado e negou com a cabeça.
- Imprinting, tão anormal e tão estranho.
- Sam, entendi que você quer me zoar, mas ela está dormindo- fiz cara feia e ele então saiu de lá.
se remexeu em meus braços e eu bufei, devo anotar: Matar Sam assim que melhorar.
- Jake?- ela perguntou com os olhinhos semi abertos, parecia uma bebe, sério.
- - sorri assim que vi seus olhos azúis abrirem por completo. Ela parecia espantada, olhou para todo meu corpo e vibrou.
- VOCÊ ACORDOU!- mal falou isso e me abraçou forte, tive de conter o gemido de dor para que ela não percebesse.- Eu pensei que... Eu...
- Tá tudo bem... Acho que te subestimei- cocei o cabelo rindo.
- Me desculpa- ela ficou de joelho na cama e eu me perguntei como em toda a minha vida consegui viver sem ela, era tão estranho me imaginar com qualquer outra mulher que chegava a me dar ânsia em lembrar de Bella.- Assim você me torra- ela estava vermelha e foi quando lembrei que ela podia ouvir meus pensamentos.
Aqueles olhos azúis encontraram os meus e passamos um tempo somente nos olhando, até que ela suspirou forte e disse.
- Jacob, eu não sei como dizer isso, quero dizer, sou bem velhinha e nunca na vida passei por isso.- ela parecia confusa e então um sorriso brincalhão brotou em seu rosto.- Eu conheci você ontem e olha... Droga.- ela não terminou, quando fui perguntar o que houve, sinto o cheiro 'dela', aqui. parecia com raiva, eu senti isso.
- Jake!- Bella entrou eufórica no quarto dando de cara para nós dois ali na cama, e pra falar a verdade eu não dava a mínima para o que ela pensava sobre isso. Me perguntei se estava bem e se não gostava de Bella, assim como Leah, mas não precisei realmente falar isso em voz alta porque a mesma sorriu assim que pensei nisso.- Oh, eu... Me desculpe- Bells parecia intimidada com a presença de , e quem não ficaria? Ela era simplesmente uma deusa, e mantinha o olhar preso ao de Bella.
- Tudo bem- disse por final- Ele é seu amigo não é?- ela levantou da cama e me olhou.- Eu espero lá fora.- Bella ergueu uma sobrancelha com a atitude da minha menina, sim, minha. Mas antes de sair do quarto a chamei.
- Fica, acho que Bella errou de endereço- disse frio, ela pareceu se questionar do que se tratava e Bella se espantou.
- Desculpa?
- É Isabella- disse seu nome tão friamente quanto a primeira vez- Você deveria estar com os sanguessugas não é?- ela recuou um passo e me perguntei se fora muito rude, mas no momento eu estava mais preocupado com o que pensava. Ela estava parada encarando tudo.
- É isso Black? Vai fingir que nada aconteceu entre a gente? Vai simplesmente me ignorar? Eu vim pra ver se você estava bem, eu me preocupei com você
- Acontece que você foi a que fez o maior estrago. E quer saber? Eu cansei de ser sua segunda opção- aquilo pareceu uma facada para Bella, ela olhou para incrédula e a mesma deu ombros.
- Você...- suas palavras ficaram fracas e rolou os olhos. Ela realmente não gostava de Bella.
- Ela é meu imprinting- soltei na lata. Bella esbugalhou os olhos e pareceu se engasgar, eu sorri vendo-a entrar num desespero interior, senti por ela as pernas ficarem bambas. Mas que coisa, Sam nunca me falou que o imprinting era assim tão forte.
- Eu... Tchau- Bella saiu do quarto numa velocidade anormal para aquelas pernas finas, eu sabia que ela nunca fora de correr, mas se superou ali mesmo.
olhava para o chão e eu me perguntava se aquilo era ruim, será que ela sabia o que era imprinting? E se ela não me aceitasse? E se alguma maldição acontece comigo e ela não quisesse me ter como seu?
- ?- a chamei e ela levantou a cabeça com um sorriso no rosto, meu coração quase pulou de mim e ela se sentou na cama.
- Eu juro que tive medo de você voltar pra ela...- aquele sussurro era repleto de confusão e admiração. me encarava com aquele rosto sem nenhuma imperfeção. Eu não podia parar de olhá-la, me ajeitei de um jeito confortável na cama e peguei sua mão, ela se assustou de primeira mas depois vi suas bochechas corarem.
- Você realmente acha que eu voltaria para ela? Depois de conhecer você?- seus olhos faiscaram e muitos dos seus sentimentos invadiram meu corpo, o que tornava isso mais estranho ainda.
- Esse... Imprinting... É verdade?- ela continuou me olhando, isso de fato era uma qualidade de , ela enfrentava as coisas, esperava a resposta me olhando nos olhos.
- Acredite, eu nunca pensei que teria a sorte tão grande. Eu só não sabia como te contar.
- Na verdade Sam me disse, eu não sabia se acreditava, você é tão... Imprevisível- ri junto com ela e aproveitei esse momento para me aproximar. Ela parou de rir assim que, com certeza, ouviu meu pensamento, ficou parada que nem uma estátua com seus olhos atentos a cada movimento.
Com a mão não enfaixada a puxei sem medo pra mim, mantivemos uma distância mínima apenas nos encarando, ela então fechou os olhos, era tão linda, tão... Perfeita.
Quebrei a distância entre nós e nossos lábios se tocaram. Eu não sei se era o meu estômago ou o dela, mas tudo se embrulhou em mim e acredite, nem o beijo de Bella chegaria ao dedinho desse.
Scarlet
Eu não sabia o que estava acontecendo, qual planeta eu estava, nem mesmo se estava viva. Quando os lábios de Jake tocaram os meus, tudo que um dia foi o Mundo, se resumiu nele, eu podia senti-lo, seu gosto, sua essência... Eu podia sentir o Imprinting.
Eu tentava ter todo cuidado possível para não tocar em suas partes feridas, ele parecia tão desesperado por aquilo como eu, já que nunca tivera outro.
Jacob finalizou nosso beijo (infelizmente), com selinhos e me deu um sorriso imenso, daqueles que fazem tudo se iluminar.
- Isso foi...
- Incrível- conclui.
- Você é incrível .- ele me fez corar, de novo.
- E pensar que ontem você queria me enxotar da sua terra.-ri
- Não queria te enxotar, queria falar com você.
- Enxotar teria sido melhor- ele ergueu a sobrancelha confuso, então continuei.- Porque de hoje em diante, eu vou te atormentar.- recebi uma gargalhada e ele me puxou para um beijo rápido, teria de me acostumar a isso, e claro, isso não era problema algum.
- Você vai ser a atormentada.
- Sem desafios pro enquanto lobão- ri da cara dele e ele olhou para a porta, estava tão perdida nele que nem vi Seth entrar no quarto.
- Er... Jake...- ele estava com vergonha de entrar e nos incomodar, ri com isso e ele ficou vermelho.- Eu vim porque minha mãe te fez uma torta de banana.- Jacob quase infartou quando ouviu isso, Seth riu disso e então se sentiu mais a vontade.
- Desculpe por ontem Seth.- murmurei o encarando e ele pareceu assustado.
- Nã-não foi nada , no final tudo deu certo- seu sorriso sincero me fez ver nele um menino fofo e confiável, Jake já atacava a torta e nem ligava pro mundo.
- Leah está bem?- Seth tirou a atenção de Jake e me olhou de volta.
- Leah... Sim, ela só é um pouco...
- Estressada- falei.
- Sim, é uma história complicada- ele não precisou terminar pra que sem querer suas memórias viessem a tona, e claro, eu as vi. Leah sofrendo, chorando com a separação, vendo sua prima ficar com o homem da sua vida, sua transformação sendo a única mulher da matilha, tendo de aturar Sam e seus pensamentos em Emily todos os dias. Eu senti a dor nela, a dor dela!
- Oh- foi tudo o que consegui dizer, Jacob me olhava preocupado e Seth estava confuso.
- , isso passou, ela está bem hoje em dia.- Jake me entendia, mas não entendia Leah, as coisas não eram assim, ela não havia encontrado seu imprinting.
- Ela diz estar bem- foi tudo que achei necessário falar, eles deram ombros, talvez tivessem se acostumado a essa Leah carrancuda e infeliz, mas eu era nova aqui, e me sentia ligada demais a esse povo, tanto que precisava bolar um plano pra me aproximar de Leah.
- Agradeça a Sue- Jacob sorriu pra Seth, ele estava com a tigela de torta, vazia.
- Pode deixar- Seth se levantou da cadeira onde estava e pegou a tigela de Jake.- Ela pediu pra que você fosse lá assim que melhorasse, parece que Billy teima em tentar vir te ver mas a dona Sue não é mole e já deixou claro que você está bem e volta logo.
- Tudo bem- tinha esquecido de Billy, sinceramente agora ele deve estar me achando a justiceira mais irresponsável desse mundo, ele tinha deixado claro que nossos destinos eram unidos e eu teimosa quase matei meu imprinting, afinal, o que viria agora, e a tal guerra que Billy disse? O que nos espera no futuro?
- Tudo bem ?- ele me olhava sério e percebi que Seth já tinha ido embora.
- Eu estava aqui pensando numas coisas.- olhei para a parede e ele se inclinou pra mim.
- Que coisas?- eu não podia contar, Billy deixou isso bem claro, então falei:
- Como vão ficar as coisas? Eu ainda tenho vampiros a matar.- seu punho foi apertado e seu rosto agora demonstrava ira, eu não queria invadir sua mente, e ele falou em um fio de voz.
- Não entendo como mata vampiros e vive com 7 deles.
- Um deles te salvou e os 7 são ótimas pessoas, não devia pensar neles como ameaça, afinal, se fossem ameaça, eles com certeza não estariam por ai- me deu náusea só de imaginar um dos Cullen sendo morto, ainda mais por mim.
Isabella Swan
Quem aquela garota achava que era? Primeiramente eu havia me encantado com ela, mas agora tudo que eu queria era que ela sumisse de Forks, e principalmente de La Push, onde ela nunca deveria ter aparecido.
Jacob era o meu lobo, meu sol! Onde já se viu ter um imprinting por uma imortal? Eu nem sabia direito o que ela era, mas Edward disse que era “Justiceira”, mas que diabos era isso? Ela chega, linda, perfeita e ainda com poderes, me evita, faz Edward falar dela praticamente o dia todo, e ainda faz o meu Jacob me dar um fora? Aquilo era loucura, eu precisava dele aqui comigo, agora que Victoria está a solta em Seattle, tudo que eu mais preciso é do meu lobo comigo.
- Bella, você não parece bem, o que houve?- Edward estava com seus braços frios e confortáveis em baixo de mim.
- Não é nada...- menti- É que... Você sabia que Jacob sofreu um imprinting?- ele pareceu tão surpreso quanto eu, parecia que tinha entendido tudo, mas então sua expressão de confuso mudou para raivoso.
- Quem é o imprinting dele Bella?- nunca vi Edward daquele jeito, seus olhos pareciam sombrios e seus punhos estavam cerrados. Sentei na sua frente e murmurei.
- .- eu não terminei o nome e ele pareceu não acreditar. O que essa menina tinha afinal? Era tão bonita quanto Rosalie, deveria eu ter medo de perder meu Edward pra ela? Porque sinceramente, eu já temia isso.
- Bella... Eu tenho que ir.- e essa fora a primeira vez em que Edward saira do meu quarto sem me esperar cair no sono, agora era pessoal, eu precisava mais que nunca virar uma imortal, ou eu perderia Edward para sempre!
Cap 6- Ruiva e estúpida.
Jacob podia ser um lobo, mas eu podia ver em seus olhos o cansaço o consumindo por inteiro. Assim que seus olhos pesaram, fiz em sua cabeça uma ilusão de um campo e tudo muito calmo, então me retirei do quarto. Sam que estava até agora com Emily na cozinha, apareceu na sala e me parecia muito sério.
Eu me sentia muito bem na casa de Sam, e isso era de fato esquisito. Ele puxou uma cadeira e me pediu para sentar ao seu lado. Esperei calma para que ele se pronunciasse.
- ... Sei que isso pode parecer estranho, mas você citou o fato de caçar vampiros.- não sabia onde Sam queria chegar com isso e não me preocupei em vasculhar sua mente, mas era muito forte a imagem de um ser ruivo e tão cristalino quanto os Cullen. Uma vampira.
- O que te intriga?- apoiei o queixo e uma das mãos na mesa e ele respirou fundo.
- Bom, nossa cidade, assim como Forks, está sendo atacada- concordei me lembrando do real motivo de estar ali. Ficar com Jacob me fazia esquecer meus próprios deveres. Temi que isso fosse longe demais e acabasse me atrapalhando em meu cargo. - Sei também que é pedir demais, mas precisamos de toda ajuda.
- A vampira está envolvida em muitos crimes-disse olhando em seus olhos confusos. Só pelas lembranças de Sam pude ver que Victoria, a vampira ruiva, cometera mais crimes que os vampiros que vinha caçando.
- Crimes?- indagou Sam.
- Sou uma justiceira Sam, não saio matando todos pela frente, existem regras, todos os vampiros a conhecem, e elas são bem claras.
- Que regras?
- Não se deve levantar suspeitas da existência desse Mundo, o sangue humano pode ser ingerido a menos que o vampiro não tenha controle da sede. - me irritava falar das regras para alguém, isso era tão ridículo que me sentia nojenta por permitir tal atitude vampiresca.
- Então os humanos podem morrer?- ele parecia tão incrédulo quanto eu da primeira vez que ouvi tal estupidez.
- Eu não fiz as regras, e nunca as aceitei muito bem. Por isso sou temida pelos olhos de sangue. Eu simplesmente preciso de uma denuncia e não me importo muito se eles mantêm o controle ou não.
- Você não gosta de vampiros?- vi sua pergunta seguinte e então a respondi antes de ser falada.
- Era amiga de Carlisle antes de ser transformado, na verdade eu mesma o levei aos Volturi, ele morreria e era um grande amigo- franzi o cenho me lembrando de tudo, às vezes me perguntava como fui tão ignorante ao ponto de entregar a vida de meu amigo à escuridão. - E Carlisle nunca foi como os outros, ele lutava pela humanidade e não contra ela.
- Você está certa, ele é um bom homem- Sam parecia indignado por ter de assumir tal fato.
- Mas você precisa que eu detenha a vampira- voltei ao assunto e ele pareceu assustado pelo meu conhecimento, até lembrar de meu dom (que até agora ele achava ser o único).
- Os lobos ajudarão- sorriu, mas eu não.
- Sam, deixo claro que a partir de agora os lobos deverão ficar longe disso- sabia que estava sendo fria, mas era o que devia ser feito, eu era a única ali que não se machucaria com uma vampira, e não colocaria em risco a vida de mais quileutes.
- Entendo... É seu trabalho- ponderou- Mas conte conosco.
- Posso pedir uma coisa?- ele me encarou. - Não conte ao Jacob.
- Claro, e como fará isso?
- Tenho meus métodos, essa vampira causou muitos estragos aqui, isso não poderá passar em branco. - me levantei da cadeira e segui até a porta, ele me olhava ainda esperando uma despedida. - Até mais Sam, se cuide- sorri sincera e ele retribui. Sai da casa com pensamentos a mil, Victoria não tinha cara de vampira descontrolada e com sede exagerada, mas mesmo assim ela havia feito aquilo.
E o fato de Jacob ser meu imprinting me deixava inquieta, não sabia o que fazer em relação a isso, as coisas eram mais complicadas do que aparentavam ser, e todos nós sabíamos isso. Uma hora ou outra teria de voltar ao trabalho, e parecia mais cedo que tarde.
Chegando a casa dos Cullen pude ver uma certa anã correndo de um lado para o outro até sentir meu cheiro, sabia que ia ouvir reclamações para uma eternidade da parte de Alice. Mas agora não era hora de papo, e mesmo sendo quase impossível escapar da baixinha, eu deveria.
- ONDE VOCÊ ESTAVA? EU PASSEI UM DIA TODO PLANEJANDO NOSSA TARDE E VOCÊ SOME DE MANHÃ PRA VOLTAR NO DIA SEGUINTE?- seus olhos borbulhavam ira e era até estranho imaginar aquele tom de voz numa miniatura como ela. Jasper estava por trás mantendo os olhos atentos em Alice e descobri que tentava acalma-la.- - ela tentou chamar minha atenção mas eu precisava seguir para o quarto e me vestir adequadamente. Alice me seguiu até as escadas ficando mais irritada ainda pelo fato de estar sendo ignorada.
- Me diz uma coisa- parei de repente na escada fazendo-a frear os passos. Ela esperava minha pergunta então suspirei - O que vê no futuro de Victoria?- bastou isso para que Alice olhasse para Jasper com certo medo, ela entendeu de primeira o motivo de estar sendo ignorada e meu sumiço de um dia. Ou achou que entendeu.
- ... - ela parecia suplicar com os olhos, aquilo me intrigou. Ora, eu era Scarlet não uma iniciante, eu era a Justiceira! Não deveria temer minha vida por conta de uma vampira.
- O que vê?- repeti a pergunta e ela suspirou forte.
- Eu sei o que via- olhou para o nada e continuou- Ela vinha se vingar. - aquilo me deixou com uma pulga atrás da orelha, e então adentrei a mente de Alice. Em frações de segundos tudo fez sentido, Victoria estava aqui porque perdera seu companheiro, para Isabella Swan! Edward o matou por tentar beber o sangue da múmia em corpo de mulher, agora as consequências eram essas. Forks e La Push sofriam por erros cometidos pelos Cullen, e eu não os culpava, mas culpava a ela. Bella Swan, o motivo dos desastres presentes em minha família.
Victoria queria o sangue de Bella, e eu queria seu sangue. Mas que droga, será que eu não podia ter chegado após o assassinato de Isabella?
Sacudi a cabeça com meu pensamento imaturo e não merecedor de meu nome, e voltei a encarar Alice.
- Íamos te contar- ela tentou se apressar e dei as costas voltando para o quarto.
- Vocês acham que eu estou de férias? Que vim somente fazer compras e aproveitar a vida?- minha paciência estava esgotada por conta “dela”, e seria Alice que apanharia com as palavras.
- ...
- Não Alice, eu não estou!- parei já na frente da cama a olhando, ela parecia triste e isso me deu um nó na garganta. Alice era minha melhor amiga, e a única que poderia realmente ouvir todos os meus problemas, não deveria trata-la assim por causa de uma humana sem sal. Controlei minha raiva e continuei. - Vou atrás de Victoria e espero que não venham atrás de mim. Isso passou dos limites, e vocês deveriam ter feito a denúncia- mesmo não querendo magoá-la tinha de admitir que estava muito decepcionada com a atitude dos Cullen.
- Nós estávamos planejando uma cilada. - ela explicou, vi sua visão da guerra. Era isso que eles planejavam.
- Um exército de recém-criados contra vocês?- podia sentir o ácido em minhas palavras. - Acontece que esse trabalho é meu, não de vocês- peguei minha roupa que parecia estar limpa, coloquei minha calça de coro, meu coturno preto, minha jaqueta igualmente de coro e minha espada.
Alice continuava parada olhando para o chão. Passei ao seu lado e pousei a mão em seu ombro.
- Eu espero que não me odeie Alice, mas isso não pode se repetir. - odiava trata-la assim, mas era preciso, eles eram a minha família, eu não podia arriscar perde-los, ainda mais por causa de Bella.
Sai da casa dos Cullen sem mais interrupções, fui até o topo da colina e fechei meus olhos, era a hora.
Concentrei-me em sua imagem, seus cabelos tão vibrantes e vermelhos que faziam sua pele branca ser destacada. Olhos vermelhos. E então a achei.
Corria pelas árvores já sabendo que mesmo se um humano passasse ao meu lado não me veria ou sentiria minha presença. Eu sabia que Victoria estaria aqui perto, mas não tão perto como Port Angeles. Me indignava imaginar aquela pedra ruiva criando um exército de recém-nascidos, mesmo sabendo que isso era proibido. Mesmo sabendo que eu viria atrás deles.
Cheguei em um depósito antigo e não mais utilizado. Pude ver uma movimentação dentro do local e também 4 capas pretas em cima de um dos prédios. Muito estranho, vir atrás de Victoria e dar de cara com a guarda Volturi.
- Olá.- sorri ao cair perfeitamente em cima do prédio, Jane encarou o irmão com os olhos vermelhos num tom vivo e esbugalhados. Demetri e Felix mantinham os movimentos robóticos. Tinha esquecido em como os velhos Volturi, e até a sua guarda, não eram como os outros vampiros.
- Scarlet- Demetri falou num fio de voz e Jane engoliu a seco. Todos sempre souberam que Jane para mim era uma menina insuportável, sempre quis receber uma só reclamação sobre a vampira, mas ela se mantinha atrás de Aro e tentava ao máximo não cometer nenhum erro para não ter de me encontrar. E aqui estava eu, a encarando com um sorriso brincalhão. Só que eu sabia o motivo de estarem aqui, e isso não era nenhum crime. Aro havia mandado os 4 mais aptos de sua guarda da frente para que pudessem dar um ponto final nessa bobagem de exército que Victoria estava fazendo, até porque, Aro era esperto demais para deixar tal erro escapar.
- Acalmem-se vampiros, ainda não chegou a hora de vocês- vi todos ali relaxarem os ombros, se é que isso é possível.
- Creio que tenha escutado sobre a vampira.- Felix me encarou com os olhos vermelho vivos, eu sorri para ele.
¬- Não só ouvi como vi. Muitas infrações, muitos erros- dei ombros.- Espero que não cometam um erro assim- encarei Jane e Alec, os dois gêmeos pareciam se comunicar mentalmente mas eu sabia que não o faziam, até porque eu ouviria. Eles pareciam me encarar petrificados, mas Jane não admitiria o medo que tinha por mim, e por isso falou trêmula.
- Não somos tão idiotas- eu gargalhei.
- Claro que não - olhei para os vampiros distantes que não seriam capaz nem de nos rastrear aqui e voltei a atenção para os 4 parados a minha frente.
- Creio que já esteja na hora de ir, e mandem lembranças a Aro.- dizendo isso dei um olhar significativo a cada um deles. Sabia que Demetri e Felix eram de fato muito mais maduros que os gêmeos, e mediam palavras comigo. Eles assentiram como um aceno e sumiram deixando somente manchas pretas no ar.
Jane pensava em como tinha sido por pouco, e isso era engraçado.
Pulei em um caminhão chamando a atenção de muitos dos vampiros que ali estavam. Vi um deles, que parecia ser o comandante, correr até mim.
- Quem é você?- indagou. Os outros encaravam tudo com as presas a mostra. Revirei os olhos. Vi corpos humanos jogados no chão e alguns dos vampiros ainda se alimentavam ali mesmo.
- Onde está Victoria?- perguntei já sabendo a resposta. O tal Riley, pelo que pude ver, parecia com muita raiva ao ouvir quem eu procurava.
- O que você quer com ela? Ela não espera sua visita!- Ri alto e muitos dos recém-nascidos pareceram tremer na base, fiz 5 caírem inconscientes, simples assim. Eles não mereciam sofrer tanto, eu faço justiça e sabia que aqueles vampiros foram criados sem os seus consentimentos. Somente monstros sem nem mesmo saber o motivo.
- Eu não vim bater papo.- me direcionei para Riley que encarava os 5 caídos.
- Você... Venha- ele se virou para dentro do depósito e muitos me olhavam durante o caminho. Era engraçado, pois vi que Riley era totalmente apaixonado por Victoria, então por que continuar querendo sua vingança?
Victoria era uma vampira extremamente linda, tão linda que não precisou de um segundo para perceber o real motivo de Riley decidir passar a eternidade ao lado dela. Pena que não seria possível.
Ela me encarou tão assustada que podia ter um treco ali mesmo. Riley olhava tudo atento e com preocupação.
- Victoria- sussurrei, eu sabia seu dom, e ela podia sentir que eu estava ali somente por ela, atrás dela. Ela sentia perigo ao me ver, e ao sentir os poderes em minhas veias.
Ela olhou para Riley incrédula pensando em como ele fora estúpido ao ponto de me levar até ela.
- Você não pode culpa-lo- a encarei, ela se mantinha calada até o momento, Riley parecia ter um enorme ponto de interrogação em sua testa. - Você nem fez questão de avisá-los as consequências.
- Que consequências?- Riley percebeu que sua amada não falaria nada e não aguentou.
- Ah querido. Victoria está usando você- o olhei com pena- Ela não se abriu por completo. Tudo isso, é por causa do seu querido James que foi morto por um vampiro. E você- apontei para ele- Só faz parte de um plano de se vingar, só isso. E depois...- olhei para Victoria e seus pensamentos confirmaram.- Ela pretende fugir de você. Se você não morrer antes, é claro.
Riley olhava para a ruiva incrédulo, e então ela se pronunciou.
- Ela é uma bruxa, usa magia para persuadir. - sua voz era como a de um anjo, ela o olhava como se estivesse suplicando ajuda e fosse um animal indefeso.
- Bruxa? Mal te conheço e já desejo de ter sua cabeça separada de seu corpo. - ela se assustou com a ameaça e Riley grunhiu.
- Você não vai encostar nela, ela me ama. Sim, quer vingar a morte de seu ex, mas eu já sabia disso.- neguei surpresa
- Você diz que ela te ama Riley- ele se surpreendeu por saber seu nome. Me aproximei dele e Victoria se manteve como uma pedra, parecia até uma Volturi.
Riley me encarava com ódio, claro, era um recém-nascido assim como os outros e seus sentimentos um tanto quanto descontrolados.
- O que ela faria se eu fosse te matar?- olhei seus olhos ainda não tão vermelhos quanto os da amada. Ele franziu o cenho e olhou para Victoria que mais parecia uma estatua da perfeição.
Não deu tempo para que ele raciocinasse e minhas mãos já estavam presas em seu pescoço. Ele não conseguia se mover, mesmo sendo um vampiro com força.
Seus olhos ainda presos em Victoria mostravam desespero e ele buscava ajuda. Ela me olhava aterrorizada, mas qualquer um sabia que seu medo era de sua própria morte.
- Riley, você perdeu sua alma assim que ela te transformou num monstro, e deixou-se levar por uma infratora de leis. Pode não ter sido sua culpa, mas a justiça grita por seu fim. Nem Victoria, nem ninguém virão te socorrer. – tive pena de falar aquela frase, mas era necessário. – Veja enquanto morre os olhos de quem te causou isso. - ela o encarou então e ele parecia querer chorar, mas era impossível. Foi uma cena um tanto quanto dolorosa de se ver, ainda mais de se praticar. Mas num piscar de olhos o corpo de Riley não estava mais conectado a sua cabeça. Ele até lutou contra, mas não era forte o bastante.
Assim que soltei sua cabeça que estava virada para a ruiva, seu corpo começara a queimar ardentemente num fogaréu. Assim como todos os corpos vampirescos ali presentes.
Victoria esbugalhou mais os olhos e seu medo cheirava tão forte quanto o cheiro de queimado no local. Ela correu pela janela como um foguete. Acompanhei seus cabelos vermelhos no ar. Abaixei o olhar com pena de Riley por ter amado um monstro como ela.
Assim que levantei o rosto, meu corpo flutuou até o dela. Como todos sabem, vampiros são lentos, e Victoria não era uma exceção entre eles.
A alcancei em menos de um minuto e a prendi no chão. Olhando diretamente para seus olhos vermelhos.
- Espero que viva com seu querido James... No inferno- vi sua visão sair de foco e seus olhos irem para um preto de morte. Agora ela estava presa em minhas ilusões.
Victoria estava em seu inferno, ela temia os Volturi, e eram eles que a prendiam em sua mente. Enquanto ela se rebatia tentando fugir de suas garras, eles riam e a torturavam. Algo que realmente acontecia.
Victoria merecia sofrer por seus atos. Ela começou a ver uma porta no chão onde estava presa. Aro ria enquanto seus irmão seguravam a ruiva. E então eles abriam a porta, que dava direto para o inferno em chamas. Victoria tentava fugir, mas nem mesmo sua voz saia. E eles a jogaram lá, numa piscina de fogo ardente onde o fogo nunca cessava. Ela então conseguiu gritar, somente um grito após a porta ser fechada e seu corpo real a minha frente ser domado por fogo.
Um exército a menos na minha lista. Agora teria de conversar sério com os Cullen.
Cap 7- vs Bella
Minha espada , que era oriental, continuava presa ao suporte do cinto. Eu estava pensando em usá-la já que a muito tempo não tocava nas minhas bebês. Essa era a mais atual de todas, digo, ela foi feita há uns 200 anos atrás e ao contrário das outras, não possuía magia nas lâminas. E isso fazia com que me sentisse mais no controle.
Mas como não a usara, tive de me contentar para uma próxima luta. Às vezes era tedioso ter de usar meus poderes, eles eram práticos demais e tiravam a adrenalina do momento.
Ficar lembrando algumas guerras passadas fez com que me surpreendesse ao ver que já me encontrava na frente da casa dos Cullen. Já passava das 22h e Alice estava apreensiva no sofá com Jasper ao seu lado. Esme estava ao lado de Carlisle enquanto Rose e Emmett estavam sentados no sofá da frente. Mas o que mais me chamou atenção foi o ser com o rosto pálido e gélido parado de braços cruzados me encarando da porta.
“Edward” sussurrei em sua mente e ele pareceu borbulhar de ódio, eu sabia o motivo. Na verdade, eu sabia tudo o que estava acontecendo. Alice contou a família o que aconteceu antes da minha partida, Carlisle se preocupou com o fato de eu realmente estar chateada com a família, afinal, éramos amigos há tantos séculos que seria besteira terminar tudo por conta de um errinho, mas eles me conheciam, e conheciam minhas atitudes, por isso estavam ali na sala me esperando.
Agora Edward, ele estava pensando em outra coisa, e eu queria decapitar a infeliz que o avisou sobre isso sem o meu consentimento.
Sabia que não era hora de falar isso com ele, por isso assim que cheguei até a porta ele abriu caminho me deixando adentrar. Vi todos os olhares em mim e também pude perceber que Alice procurava algum arranhão sequer em meu corpo.
- Eu estou perfeitamente bem- sorri para minha amiga tentando ao máximo demostrar que estava arrependida pelo acontecimento de hoje cedo.
- , queria dizer que minha família pede desculpas pela falta de consideração ao não denunciarmos o caso de Victoria- assenti como compreensão para Carlisle e eles suspiraram, eu não queria imaginar que eles estivessem com medo de que eu os machucasse então me sentei ao lado de Emmett e falei.
- Eu realmente me chateei bastante com tal atitude- olhei para todos, menos para Ed, que parecia mais raivoso por eu bloquear minha mente assim que o vi parado na porta. – Mas entendo que vocês se importam com a humana e não queriam que a história circulasse. Bom... Acontece que mesmo sendo um ato muito errado, eu vos desculpo e como sabem, vos amo demais e nunca, nunquinha, colocaria um dedo contra vocês- recebi vários sorrisos e o grandalhão do meu lado me abraçou forte.- Mas eu espero que não se repita. Carlisle, você deve entender que meu dever é proteger esse segredo, e a partir do momento que um vampiro infringe as regras, ele deve ser punido.
- E você conseguiu?- Alice olhou em meus olhos um pouco receosa.
- Já viu eu não conseguir alguma vez?- e mais uma vez ouvi risadas. Quando todos já estavam mais calmos sobre o assunto, Edward me indicou com a cabeça para ir até a varanda. Dei boa noite a todos e fui atrás dele.
- Fale- me sentei na escada de madeira e ele me encarou perplexo.
- Até quando ia me esconder?- aquela pergunta pareceu bem dolorosa, e realmente era doloroso ouvir vindo dele. Eu nem mesmo me acostumei com aquela história toda de Imprinting e teria que falar sobre tudo isso com o único cara que amei em minha vida?
- Como esperava que lhe contasse? Eu descobri tudo isso ontem! E a sua querida Bella não me deu tempo nem de contar a você- ele enrugou a sobrancelha e sua voz se alterou.
- Agora a culpa é de Bella? Se fosse por você eu nunca saberia. - ele está me culpando?
- Ah claro! E por que isso te incomoda? A vida é minha, o imprinting é meu! E eu acho que você não se importa tanto assim já que botou sua família em risco pela sua lindinha- minha voz parecia cuspes de ácido, e eu sentia o quanto atingia Edward com elas.
- Que droga , você sabe que não é assim- eu não sabia, não, eu queria entender.
- Eu não sei Edward, sinceramente! Como você pode fazer tudo isso por alguém que nos tempos vagos corre para os braços quentes de um lobo? Não se perguntou como ela descobriu sobre isso?- ele reprimiu os lábios e olhou para baixo. Nossa situação estava crítica, pois os dois já estavam de pé frente a frente.
- Eles são amigos.
- Amigos- ironizei. - Você não quer realmente que eu libere meus pensamentos e você veja o que ela pensava enquanto conversava com ele.
Edward fechou fortemente os olhos, o veneno de seu corpo já borbulhava.
- Como pode ter ficado tão cego meu amigo?- senti a palavra “amigo” sair espontaneamente. Edward já devia saber que nosso relacionamento, mesmo que não tenha passado de carícias e palavras, havia terminado, e não pelo meu imprinting com Jacob, mas sim pelo envolvimento dele com Bella. Porque ao contrário de mim, ele teve escolha.
- Ela me ama , e eu demorei meses para acreditar nisso. Ela me aceita pelo que sou. - ver aquela cena fez meu coração se acelerar de raiva. Eu já tinha visto isso antes, ele se apaixonou por um monstro, e ela o usava livremente.
- Escute suas palavras! Você é um vampiro, e ela uma humana Edward- minha voz tinha passado o tom para pena, e ele percebia isso. Ele não me olhava mais nos olhos, então vi que sua guerra não era mais contra as minhas palavras, e sim as dele. Ele lutava contra ele mesmo para aceitar o fato de Bella o amar.
- E você acha que só por ser um monstro eu não posso amar?- sim, o estado de Edward estava deplorável, seu rosto estava repleto de dor. Me aproximei dele pousando minhas mãos em seu rosto e falando em sua mente.
“Você não é um monstro, é a criatura mais pura, linda e compreensiva do Mundo. ” Ele me encarou com aqueles olhos cor de mel e me respondeu.
- Então qual é o problema?
- Eu não sei...- pela primeira vez abaixei o olhar.- Mas eu não consigo me acostumar com isso.- Edward estava pensativo demais, então dei um tempo para ele.
- Nós não sabíamos que isso aconteceria, eu também não queria que, bom...
- Você é meu melhor amigo- murmurei- E eu não quero te ver magoado ao mesmo tempo em que não quero te ver com ela. - fechei fortemente os olhos e ele levantou meu queixo com seus dedos gelados.
- Acho que estamos num impasse. - seu hálito bateu em meu rosto e eu suspirei.
- É- foi tudo que pude falar. Ele abriu um sorriso acolhedor e me abraçou.
- Eu posso não gostar tanto de Jacob assim... Mas eu sinto que ele te faz feliz, e se o destino colocou vocês dois juntos, quero dizer, eu não poderia impedir um imprinting mesmo se quisesse- deu uma risada baixa.- Desejo que vocês fiquem bem.
Era por isso que eu o amava. Edward conseguia entender meus problemas e ouvir meus pensamentos.
- Então... Eu também espero que você e Isabella fiquem bem- confessei, nunca gostaria de ver Edward sofrendo, e se aquela humana o fazia feliz, eu não poderia me meter.
Após o “nosso” momento, decidi relaxar. Tomei um banho gelado tentando tirar de mim as mágoas da vampira maligna de cabelos de fogo, o que me fez lembrar de Edward e Bella. Eu sentia que algo muito ruim estava pra acontecer com essa garota.
Assim que acabei o banho, vesti uma roupa que encontrei em cima da cama (Alice não se cansava), e então percebi que não estava cansada. Mesmo sendo noite, decidi sair.
Desci pelas escadas agora reparando todos sentados fazendo algo. Carlisle me olhou cauteloso e me chamou até a cozinha, eu o segui.
- Te conheço há muito tempo para saber que algo está errado.- e murmurou me jogando uma maça que peguei no ar.
- Não há nada de errado. – mordi a fruta saboreando seu suco, ele continuou me encarando como se só fosse sair dali após contar a verdade. Suspirei bem fortemente e revirei os olhos.
- O problema é que eu não gosto de Bella- falei entre os dentes. Ouvi uma risada baixa de Rose da sala e continuei- Eu sinto algo muito errado nessa garota, e ver Edward com ela só piora tudo. - apertei o punho e sem perceber esmaguei a maça em pedaços. Minha mão estava cheia do suco da fruta e eu resmunguei por isso.
- Tome- ele me deu um guardanapo e agradeci- Sei que é difícil pra você, vocês sempre tiveram uma conexão, mas você não irá perde-lo.
- Não Carlisle... - eu ia protestar, mas a minha frente quem estava era Carlisle Cullen, um ser no qual era impossível protestar, ele teria todas as respostas. Então dei ombros- Você está certo Carl, ele é meu melhor amigo há mais de 100 anos, não poderia acabar agora- ele sorriu vitorioso e eu organizei a roupa.
- Vai sair?- perguntou meu amigo curioso. Pisquei pra ele e ele riu.- Toma - jogou-me uma chave de carro e falou:
- Espero que não volte tarde mocinha. - rimos de sua “piada” e o abracei.
- Onde pensa que vai?- Alice me parou no batente da porta.
- Dar uma volta Alice, não consigo ficar parada.
- Mas assim não - ela choramingou- Eu vou com você- empinou o nariz e me puxou para fora de casa. Ouvi passos de salto atrás da gente e sorri com isso.
- Sinto cheiro de caramelo- ri, Rose segurou meu outro braço e resmungou.
- Que seja uma noite interessante.
Entramos no Pajero preto que Alice disse ser um dos carros de Carl, e pisei no acelerador.
- Não acredito nisso. - Rosalie revirou os olhos do banco de trás. Procurei o que ela encarava e dei de cara para 4 garotos do tamanho de um armário. Um deles era Seth, os outros eu não conhecia, mas com certeza conhecia a garota que estava no meio deles. E era Isabella Swan. Ela viu o carro grande e já procurou por ‘ele’. Alice acenou e eu continuei a encarando mortalmente.
Eu desejava sim o bem de Edward, mas isso não faria com que eu gostasse dela. Não!
- Vamos logo embora, não aguento esse fedor de cachorro- Rose bateu de leve em meu ombro e lancei um sorriso para Seth e ele acenou animado. Bella o encarou pensando de onde nos conhecíamos.
- Você não gosta dela. - Alice franziu o cenho.
- Corrigindo, eu não suporto ela. - sorri e Rose fez um high-five.
A noite com as meninas tinha sido muito animada. Alice nos levou a um pub no centro de Port Angeles (já que Forks não tinha muita coisa), Rose parecia uma humana novamente. Os homens davam cantadas baratas para as três e riamos com tal atitude, até um cara tentar puxar Alice para o banheiro com certeza pensando que sua força era igualável a sua altura, ela não aguentou e simplesmente quase esmagou o pobre homem na parede. O idiota não morreu porque nós duas vimos tudo e o ajudamos.
Dançamos como loucas e decidimos ir embora assim que deu 05h00min.
- Por que uma de vocês não dirige?- Me espreguicei assim que saímos da boate. Muitos homens do lado de fora nos encaravam. As duas vampiras riram me encarando.
- Esqueci que você dorme que nem um urso.- Rose me empurrou pro banco de trás, mas eu estava cansada demais pra reclamar.
Não consegui dormir, só encostei a cabeça na janela do carro e vaguei em pensamentos.
Chegamos à casa dos Cullen, de novo, sem que eu percebesse. Emmett saiu com uma cara emburrada da casa seguido de Jasper.
- IIHH!- abri a porta do carro. - Essa é minha deixa.- eu sabia o que ia rolar, Em estava furioso por Rose ter o deixado, e se eles soubessem que fomos a uma balada, as vampirinhas iriam ouvir demais.
Entrei na casa ainda ouvindo as “briguinhas” dos dois casais e ri com a situação. Acho que aquela noite realmente tinha me alegrado, e eu perdi totalmente o sono. Olhei no relógio e vi que já eram 6h30min. Fui pro quarto rápido e tomei um banho refrescante.
Após me vestir com o mesmo short e uma outra camiseta, desci depressa para o primeiro andar. Os vampiros agora estavam em seus quartos e percebi que era a melhor hora de se sair. Fui até a floresta atrás daquela mente calma e doce.
Me vi parada na frente da casa aconchegante de Sam e sorri, mas havia algo errado. No mesmo tempo que dei meu primeiro passo até a casa, avistei uma caminhonete vermelha parando.
Nossos olhares se cruzaram, ela mordeu o lábio inferior e praguejou mentalmente. Era incrível a capacidade que essa garota tinha de levar um fora e continuar correndo atrás. Mas aquele era o meu lobo, e ela estava com o meu vampiro.
- Isabella- ironizei com seu nome assim que cheguei perto o suficiente.
- - ela murmurou. Assim que Bella olhou em meus olhos pude ouvir claramente as palavras “Não vai demorar muito até Aro me transformar”. MAS O QUE?
Ela com certeza percebeu algo errado, porque seus olhos se esbugalharam e ela deu um passo para trás.
- Swan- suspirei forte- Você. Não. Vai. Chegar. Perto. De. Aro. – falei pausadamente tentando conter meu ódio.
- Isso...- ela olhou pra baixo e enfim me encarou- É problema meu!
- Acontece Bella- cheguei mais perto dela e a mesma recuou mais um pouco- Que a partir do momento que o veneno passar por sua veia, nem mesmo Edward OU Aro poderão impedir que eu arranque sua cabeça- Eu sabia as consequências daquela ameaça, mas sabia também que Ed não fazia ideia do plano maluco de sua namorada idiota.
Ela estava aterrorizada, mas eu senti dentro dela um fúria. Bella queria me enfrentar.
- , a vida é minha, e creio que não saiba a força de um recém nascido.- ela me olhava com ódio e apertava o punho. Foi então que gargalhei, sério, eu simplesmente caí na gargalhada.
- Por favor, Swan, não conte muitas piadas, não combina com você- ela parecia mais perdida que cega em tiroteio. Então continuei. – Eu sei que você pode ser mais inteligente que isso. Pensa no que uma justiceira faz, vai... – ela procurou em sua memória o que Ed havia lhe contado sobre mim, e então sua cor branca passou-se para um tom verde e ela prendeu o ar. – Sim, eu MATO vampiros, eu acabo com todos eles.
- Mas isso não faz sentido- murmurou.
- Nem mesmo os Volturi conseguiriam contra mim- meu olhar estava amargo novamente.- Mas não é isso que vim fazer- olhei pra casa de Sam e pra ela de novo.- Se você se transformar numa vampira, você fará com que tudo que Edward um dia achou verdadeiro sobre você, sumir. Ele vai ver que tudo que você queria era a imortalidade.
- Não é verdade!- ela avançou então ergui a sobrancelha.- Eu amo Edward, e sempre amarei.
- Palavras muito fortes pra quem está atrás de outro. - ela grunhiu. – Eu amo Edward como um irmão, e Bella você infelizmente faz bem a ele. Só que a partir do momento que você fizer mal a ele... Você- bufei- Eu só realmente espero que não cometa essa idiotice criança tola.- cuspi as palavras. Eu me sentia esnobe ao falar com aquela garota, todas as minhas regras sumiam e eu só conseguia sentir ódio. Por isso me virei de costas pra ela e bati na porta de Sam. Não queria nem saber se ela ia entrar ou não. Mas onde já se viu humana tão idiota a ponto de entregar sua alma a escuridão para viver como um monstro?
- - Emily sorriu meiga e eu a abracei, era bom sentir a felicidade de alguém com um abraço. As lembranças de Emily me faziam me sentir em casa e ao mesmo tempo me faziam querer deixa-la muito feliz.
- Ele está bem?- perguntei um pouco tímida, o que era com certeza o contrário do que sentia a minutos atrás.
- Ah, ele está MUITO bem, não consegui segurá-lo na cama- ela riu. – Ele quer te ver.
- Espera, ele levantou?- esbugalhei os olhos.
- Eu falei, eles se curam muito rápido!
- E onde ele está agora?- Emily olhou por cima do meu ombro e fez uma careta engraçada. Não precisava me virar para saber o que ela olhava, não, eu senti, eu ouvi.
Jacob estava parado e sem blusa encarando Isabella, do lado de fora.
- Ele estava na oficina, deve ter sentido você aqui.- “ou ela”, foi que Emily pensou. Senti uma dor no peito e continuei encarando aquilo da porta. Não sei o que sentia no peito, mas não deixei essa dor interromper minha concentração de ouvir aquela conversa.
- Você realmente pensa em se transformar numa sanguessuga? – sua voz grossa me deu arrepios e ele a encarava como se fosse algo nojento.
- Eu ia te contar- ela murmurou – Eu preciso Jacob, você sabe que eu preciso, me desculpe.
- PRECISA? COMO SE PRECISA ALGO ASSIM BELLA? COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO?- ele estava tendo tremores no corpo, eu sabia o que estava por vir, me preparei rapidamente para tirá-lo dali. Bella deixou a primeira lágrima cair em sua bochecha e tocou em seu ombro.
- Eu pensei que você seria o único que me entenderia, eu não posso ficar sem sua amizade Jake, por favor- ela começou a chorar mais e ele fechou fortemente os olhos.
- Edward sabe dessa sua ideia maluca?
- NÃO!- ela quase berrou, ele riu ironicamente
- Você é incrível... Não Bella, a partir do momento que você for mordida, não PENSE em pisar em La Push de novo.
- Jacob você não pode fazer isso!- ela chorou mais- Eu já tomei a minha decisão.
- ENTÃO O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?- os tremores ficaram mais fortes e ela deu um passo pra trás. Jake estava tão irado que não percebera minha presença. Eu sabia o que aconteceria se ele se transformasse ali. Emily sabia, e eu a olhei na hora.
Eu podia odiar Bella, mas ao sentir o pânico de Emily, corri como o vento e antes que o primeiro pelo estourasse no corpo do lobo, o arrastei para dentro da mata. Isso foi tão rápido que mesmo Jake demorou um segundo pra raciocinar, ele agora era um animal imenso e peludo.
Eu estava agarrada nele impedindo qualquer movimento que fosse, afundei meu rosto naqueles pelos e falei.
- Por favor, acalme-se- ele ainda imóvel tentando raciocinar o que acontecera, relaxou os músculos e senti um gemido de arrependimento. O soltei devagar e encarei aqueles olhos negros e profundos.
“” foi tudo que ele disse.
“Está tudo bem, ela ficou bem” respondi aqueles pensamentos que agora afloraram em sua mente.
“Eu... Não consegui me segurar” ele me olhava nos olhos e agora sua voz parecia calma
“Eu to aqui Jake, não vou deixar que nada aconteça a ela. Eu sei que você zela pela proteção dela” admiti, ele olhou para além da mata e encostou o focinho no meu pescoço.
“Obrigado por estar aqui, na hora certa” não consegui me conter e o abracei forte como se precisasse desse abraço mesmo que ele estivesse em sua forma de lobo.
Jake respirou fundo e decidiu falar novamente.
”Está tudo bem? Sam me contou que estava um pouco cansada ontem” ele passou o focinho em mim e eu acabei rindo com cóssegas. Fiquei contente por saber que Sam realmente mantivera sua parte do acordo.
- Eu estou bem, mas eu também durmo, não é?- ri. Ele pareceu acompanhar minha risada com algo mais parecido com um engasgamento. Pediu que eu esperasse que ele se trocasse. Não sabia se deveria dizer que já havíamos passado desse nível quando ele desmaiou, então fiquei quieta apenas esperando que ele voltasse com aquele abdômen definido e nu a minha frente.
Ele me deu um abraço forte e senti todos os pelos do meu corpo se enrijecerem com o contato. Jacob parecia tão acostumado com aquilo tudo que chegava a ser duvidoso que nos conhecêssemos há apenas 2 dias.
Saimos da floresta ainda abraçados, e por mim não nos soltaríamos muito cedo. A caminhonete não estava mais ali e senti Jake aliviado por isso.
- Ai, graças a Deus - Emily correu até mim e apertou meu rosto procurando por algum arranhão.
- Emily- falei ainda com suas mãos apertando minhas bochechas e produzindo uma vo engraçada. – Eu não sou humana, lembra?- ela suspirou aliviada e deu um tapa no peitoral de Jacob.
- NUNCA MAIS faça isso, tá me entendendo?- Sério, eu tive até um pouco de vergonha pelo Jake, o olhar de Emily era intimidador.
Ele passou a mão nos cabelos, como de costume e me apertou seu corpo com a outra mão.
- Me desculpe, eu só não consegui controlar- Ela murmurou um “aham” e enfim entrou na casa,
- , isso não tá certo.
- Claro que não. Bella tem titica na cabeça – bufei.
- O que você disse sobre o vampiro... Você o ama?- Jacob olhou em meus olhos e eu não soube o que responder.
Cap 8- Resgate da "Bella" adormecida.
Jake me olhava como se precisasse dessa resposta agora, eu puxei muito, mas muito mesmo, ar pelos pulmões até formar a frase correta em minha cabeça.
- Ele é como um irmão – finalmente falei, o lobo olhou pra floresta, pra oficina, pra casa de Sam, até olhar para mim novamente.
- Irmão... Irmãos não fazem... Tudo isso.
- Tenho certeza que se você vivesse mais de duzentos anos com alguém e ainda compartilhasse sua mente com ela, você faria. – ele fez uma careta e bufou.
- Eu não gosto de Edward- admitiu
- Eu não gosto de Bella- seus ombros se enrijeceram e seus olhos pareciam fogo.
- Mas ela é uma humana.
- Aquilo? Você viu com seus próprios olhos o que ela quer fazer, você ouviu
- E você acha que ela realmente vai fazer isso? – raiva? Não, aquilo era dor, nosso assunto não mais era sobre Edward e sim sobre aquela menina.
- Eu não deixarei Jacob- tentei aconchega-lo com um sorriso mínimo e ele pareceu mais calmo.
- É bom ter você- riu engraçado enquanto me abraçava.
- Pena que não posso dizer o mesmo- gargalhei com a cara que ele fez, claro que eu amava ter Jacob por perto. Não era como se eu precisasse de outra coisa quando estava com ele.
- Vem, vamos comer algo- ele praticamente me carregou por estar me apertando em sua cintura.
- Você realmente está me convidando pra comer numa casa que nem é sua?- rimos até a casa e Emily já estava fazendo algo na cozinha.
- Pensei que tinham ido pra outro lugar- murmurou.
- Oh, assim Sam vai achar que você gosta mais de mim- Black se gabava enquanto Emily tacava um pão na cara dele.
- Como se você fosse alguma coisa- riu.
- Chega desse momento fofo- interrompi me sentando na mesa. – Jake me ofereceu comida. - Emily riu e negou com a cabeça.
- Vocês são todos iguais. - com isso, tirou biscoitos fresquinhos do forno e colocou na mesa. Hora do lanche!
Alice Cullen
Tudo estava bem, pelo menos aparentava estar, até minha visão se embaçar e eu sentir somente os braços fortes de Jasper me segurarem. Não precisava de caderno, não, ela estava nítida.
- Aro – sua voz foi fraca, ele olhou para a menina, ainda extasiado, ela então ajeitou a jaqueta e falou em um fio de voz- Eu vim para fazer um pedido.
- Pedido?- Caius riu. Bella então mordiscou os lábios.
- Eu quero que vocês me transformem. – Marcus pareceu tão surpreso quanto Caius, mas o mais afetado fora, sem dúvida alguma, Aro. Ele se moveu como uma gazela pulante até Bella. Seus cabelos formaram ondas no ar, e bem perto do ouvido de Bella ele perguntou.
- E por que Edward não o fez para você?- respirar, Bella não conseguia fazer isso.
- Ele... Ele não... – ela ia inventar algo, estava na cara, e Aro gargalhou.
- Ele não sabe!- colocou as mãos para o ar ainda rindo. – Oh Bella, realmente, eu quero muito ter seu dom em minha guarda, ele com certeza ficara muito ampliado com sua forma de vampira. Você simplesmente nasceu pra isso. - Ela sorriu um sorriso quase que não visível. – Mas... O que fez você querer... A transformação?
- Alguém não pode querer se transformar sem motivos?
- Ah sim querida, mas você não é esse alguém.
- Eu quero passar a eternidade com Edward, eu o amo. Ninguém poderá ficar no nosso caminho – ela sussurrou a ultima parte, mas Aro ouviu.
- E quem seria esse alguém?- ele passou o polegar contornando o rosto branco de Bella.
- Scarlet.”
- Alice?- Jasper perguntou assim que meus olhos voltaram ao normal.
- Jasper – ofeguei – Eu preciso falar com Edward agora!
- O que houve?- Rose apareceu na sala com uma cara preocupada e Emmett veio atrás dela.
- Bella... Ela... Ela vai até os Volturi.- todos pareciam chocados e Rose se pronunciou.
- O que essa idiota vai fazer lá?- não consegui olhá-la, mas falei.
- Ela quer se transformar.
- E ELA FOI AOS VOLTURI?- Emmett se alterou grunhindo.
- Onde está Edward?- perguntei agoniada
- Ele está com Bella, eu acho. – Jasper murmurou.
- Não, ele está aqui- Edward estava ao pé da escada com uma cara não muito feliz, na verdade NADA feliz, e ele tinha razão.
Bella Swan
Idiota, idiota, idiota. Como aquela garota podia falar comigo daquele jeito e ainda por cima Jacob não entender nada do que eu falava? Ele só sabe ter esse ódio idiota por vampiros. Pois se fosse pra me odiar se eu me transformasse em uma vampira, assim seria.
Eu já tinha comprado minha passagem para a Itália, ontem mesmo quando Edward falou que havia matado Victoria. Eu havia guardado esse dinheiro de mesada e felizmente consegui uma passagem econômica que conseguia pagar.
Era tudo ou nada, eu não aceitaria as ameaças de e Jake como impedimento, eles não podiam decidir minha vida por mim.
Peguei minha mochila da caminhonete assim que estacionei na frente do aeroporto de Port Angeles. Esperava que meu pai não ligasse para Edward ao ver a carta que deixei em cima da mesa. Eu não queria que Edward soubesse disso enquanto eu não estivesse no avião pelo menos.
Meu plano era nada mais nada menos que pedir a Aro que me transformasse, e eu iria até o fim por isso.
falou que acabaria com os Volturi, mas eu não nasci ontem, eles eram a realeza, tão poderosos quanto aquela “justiceira”, assim esperava.
Entrei na sala de embarque um pouco nervosa, afinal, nunca fui até os Volturi sem Edward.
Eu temia que Alice visse algo, mas se fosse pra ver, que não seja agora. Ouvi o chamado para meu voo e me senti mais forte para isso.
Ajeitei-me na poltrona e bufei, agora era esperar horas até descer. Assim que o avião decolou, cai num sono profundo.
- Srtª- a aeromoça me chamou, acordei assustada, tinha sonhado com , peguei minha mochila e sai do avião, agora era a parte mais difícil, chegar a Volterra. Olhei para tudo em volta e acabei me lembrando que o lugar era muito frequentado por turistas, qualquer um ali saberia como chegar lá!
- Com licença – bati no vidro de uma das atendentes onde indicava “Can I Help You?”.
- Sim? – ela disse com um sotaque carregado e um olhar um tanto quanto superior.
- Poderia me ajudar? Eu preciso ir até Volterra. – ela me examinou de cima a baixo e eu corei, pegou um panfleto e entregou para mim.
- Essa excursão leva pessoas de fora até lá, a próxima van sai as 14h – olhei o relógio grande do aeroporto que indicava 13h 30min, ela me mostrou onde comprar a passagem e agradeci.
Encontrei rápido o grupo para a próxima ida. Todos ali estavam felizes por estarem na Itália, queria eu estar tão feliz assim.
A van saiu não muito depois que eu chegasse, me acomodei no ultimo banco na janela. Vendo toda aquela beleza até a cidade, lembrei-me de como conheci Edward, quando ele me olhou nos olhos no refeitório, quando me evitou nas primeiras semanas, quando me salvou do acidente da caminhonete, ou até mesmo os pequenos detalhes, como quando ele sorriu por uma besteira qualquer que falei, ou o jeito que ele me pegou no colo quando eu adormeci em seus braços... Tudo aquilo, todos aqueles momentos, eles eram tudo para mim, Edward era tudo para mim e era por ele que eu estava aqui indo até os Volturi.
Edward Cullen
Eu não consegui acreditar de primeira o que Bella estava fazendo, mas a visão de Alice era clara. Bella havia me dito que sairia com as amigas para assistir um filme pois as mesmas acusavam-na de ter deixado de viver desde que começamos a namorar. Era tão fácil assim para Isabella mentir para mim? Só o fato de sua mente ser um mistério para mim já era difícil. Mas ela por inteiro?
- Edward!- Alice esbravejou. – Vá atrás dela! – fiquei uns segundos parado na escada, refletindo o que fazer.
- Garota estúpida. – Rose murmurou, eu não me importava com o que ela pensava de Bella, mas ela estava certa, que estupidez era essa que Bella estava fazendo?
Sai de casa como uma rajada de vento, sendo o mais veloz corri até a floresta. Eu não iria de avião.
- EDWARD!- ouvi um grito atrás de mim, era , mas eu não pararia. Ela ao perceber isso me acompanhou, apareceu do meu lado mais rápido que eu poderia raciocinar.
”O que está acontecendo?” mandei a ela toda a visão de Alice, e por incrível que pareça, parou. Simplesmente parou de correr. Indignado com sua atitude, parei também.
- O que?
- Ela veio de manhã, me desafiou e disse que estava destemida.
- E POR QUE VOCÊ NÃO DISSE ISSO PARA MIM?- se assustou com minha atitude. Ela dei um passo para trás um pouco confusa.
- Porque ela é uma humana Edward! Eu não sabia que a idiota ia mesmo fazer isso!
- E agora ela vai, ela foi atrás deles! ELA VAI MORRER!
- NÃO!- foi sua vez de avançar com raiva- Ela não vai morrer, ela vai se matar!
- Você...- não sabia o que falar para agora. – Não vai ajudar?
- Me desculpe Ed.- ela abaixou o olhar, mas que diabos? – Eu não posso, já dei meu aviso, se Bella se transformar, você sabe.
- VOCÊ PRENTENDE MATÁ-LA?- a olhei incrédulo.
- Você sabe como são as coisas. – ela olhou para mim de novo. – Ela tem uma chance, se ela estragar... Isabella é uma idiota- murmurou.
- ... Por favor... – talvez fosse a primeira vez que eu pedisse algo a de mente e alma, ela sabia disso.
- Droga...
- O que?
- Jacob me seguiu...- murmurou novamente, após alguns segundos um lobo apareceu em meu radar vampírico e depois ao lado de .
Ela o olhava, eles estavam conversando, mas me bloqueou.
- Mas que merda!- falou com raiva.- Odeio prometer coisas. – eu estava por fora de tudo ali, e continuou.
- Prometi que cuidaria dela- cuspiu as palavras. – Mas até ela ser humana, e você sabe muito bem- me encarou fria. – Que a decisão é tomada por ela. – assenti um pouco chocado, Jacob a fizera mudar de ideia, deveria agradece-lo mais tarde, ou não.
“Vamos” Jacob disse alto em sua mente, o que ele planejava?
- Não pensava que iria sozinho, pensava?- riu. – Vamos patetas – e começou a rir. Jacob nos acompanhava às vezes, mas mesmo assim éramos mais rápidos, ou devo dizer, era. O lobo pensava muitas coisas de Bella que me deixava intrigado, e mais ainda a . Quando a mesma percebia que estava em sua mente, ela simplesmente a trancava, e eu não gostava dessa distancia que estava tendo de mim.
Não consegui distinguir o tempo em qual chegamos perto de Volterra, mas Jacob não poderia entrar como lobo. Ainda achava MUITO errado que ele fosse conosco, Aro veria uma espécie que nunca viu em sua vida, e eu sentia que isso não seria bom.
- Vamos logo- aprecei o mesmo enquanto ele saia da floresta já vestido. Ele me encarou mal humorado e me xingou mentalmente, ignorei aquilo. Entramos em Volterra e continuava calada. Ela andava ao lado de Jacob, era estranhos os ver juntos, era algo como... Nojento.
- Eles conseguem viver aqui?- Jacob perguntou baixo a , ela olhou para ele e sorriu, senti uma pontada de ciúmes, mas tentei esquecer.
- Vampiros velhos têm mais controle, mas eles ainda se alimentam de turistas – vi o lobo ficar sério, pegou sua mão e continuamos o caminho até o grande prédio tão conhecido por nós dois. Jacob olhava tudo em sua volta, dois guardas apareceram assim que entramos.
- Que cheiro é esse?- um deles perguntou, Jacob rugiu. Encarei mandando mentalmente que ela fizesse seu animal ficar quieto. Ela quase me matou com um olhar.
- O que querem?- um deles perguntou com o queixo erguido, seus olhos vermelhos refletiam naquela escuridão do grande corredor.
- Viemos ver Aro- se colocou em nossa frente, Jacob, assim como eu, ficou em guarda.
- E você é...?- o outro continuou a encarando.
- Scarlet – ela sorriu de uma maneira não muito agradável, eu teria medo dela se não a conhecesse há tantos anos.
- S-s-im, podem entrar- eles abriram espaço para o elevador dourado. Jacob riu baixo.
- Não sabia que você tinha todo esse poder- comentou.
- Minha beleza, é claro- ela riu já apertando o andar no subsolo.
Era bom ver feliz, ela parecia bem espontânea com Jacob. Sentir seu cheiro num elevador era desagradável, riu de mim e eu continuei sério, o assunto aqui era Bella.
- Olá?- Assim que saímos a secretária se levantou de sua mesa, ela olhou para mim e fez reverencia, humana boba.
- O que foi isso?- Jacob perguntou baixo- Ela é humana.
- Ela quer ser transformada... – murmurei, doía saber que na verdade tudo que ela teria era uma morte rápida.
Jacob ainda a encarou com certa raiva e voltou a andar, entramos no corredor para a grande porta do salão dos Volturi.
na frente, abriu a grande porta e nesse mesmo instante ouvi palmas alegres. Aro.
- Olha, temos visitas. – ele riu, no grande circulo do chão, estava Aro e Bella, os outros dois estavam sentados apenas observando. – , querida... Quem é esse?- ele apontou para Jacob, em seguida tapou o nariz.
- Mas o que é isso?- Caius reclamou.
- Que foi? Vocês que fedem sanguessugas! – Jacob rugiu, Aro ia se aproximar dele, mas pegou seu braço e o prendeu.
- Nem pense em chegar perto dele- ela sussurrou em seu ouvido. Vi um sorriso surgindo no rosto de Aro, seus pensamentos eram claros, ele sabia que Jacob era algo mais que especial para , um ponto fraco.
percebeu o mesmo que eu e empurrou Aro para longe.
- Viemos aqui pegar Isabella- ela olhou para Bella que estava vendo tudo muito assustada. Fui para seu lado sem falar nenhuma palavra, eu estava realmente desapontado. Bella sabia o quanto eu a amava e zelava por sua vida, por que mais iria querer fazer isso se não fosse para me ver acabado?
- Ah, mas ela parecia bem interessada em fazer o que veio fazer- Aro riu. Jacob olhou para Bella com raiva.
- Eu devo deixar bem claro Aro, que não ultrapasse os limites ou algo não dará muito certo aqui.
- Está ameaçando a nós?- Caius levantou de seu trono com suas sobrancelhas juntas. virou a cabeça para ele, Aro negou um pouco chateado. Caius tinha uns 300 pensamentos em como estrangular , a mesma deu alguns passos até ele. Caius parecia bem raivoso, ele se aproximou de e perguntou de novo. – Está ameaçando a nós?- ela pareceu confusa, olhou para Aro como se pedisse explicação.
- Está me desafiando, Caius?- colocou os olhos nos dele. Toda coragem que antes estava em seu rosto, havia sumido.
- Este lugar é nosso- ele mudou de assunto indo para perto de Aro. – Você não deveria estar aqui, afinal, ninguém transformaria essa humana- falou desgostoso de Bella, ela abriu a boca chocada.
- Scarlet – Marcus se pronunciou pela primeira vez – Devo lembra-la que a transformação de modo algum é algo a ser castigado.
- E eu devo lembra-lo, que você não conhece as regras. – ela parecia furiosa, eu sabia por que. odiava todos os Volturi, nenhum, sem exceção.
Marcus se calou novamente e se virou para Aro.
- Acho que é isso. - sorriu falsamente- Já que Bella é tão misteriosa para você, querido Aro, acho que está na hora de leva-la de volta.
- Oh, sim... Mas que tal perguntarmos o que ela acha?- fiquei rígido, assim como , ela me mandou ficar calmo, mas era difícil, Aro estava jogando de novo, e na verdade eu não sabia o que esperar de Bella.
- Eu... O que vieram fazer aqui?- ela perguntou erguendo a voz. riu e se juntou a Jacob, franzi o cenho a encarando incrédulo.
- No que você está pensando?- foi tudo que me atrevi a perguntar.
- Eu vim por conta própria, não sairei daqui sem o que vim buscar.- Aro gargalhou.
- Viu só? Ela quer ficar!- o olhei mortalmente, mas ele não tinha medo de mim.
sabia que nada poderia fazer se Bella quisesse ser transformada, ela não poderia tira-la dali a força, mas eu poderia.
- Não Bella, você não vai ficar!- esbravejei.
- O que?- ela me olhou com medo. – Você não vê Edward? Tudo isso é por você, como acha que me sinto quando você fala de todas as noites? Quando você me compara a ela ou quando você diz quão amigos vocês são?- Então era isso? Bella estava com ciúmes? De todas as coisas que esperei de Bella, essa não era uma delas.
- Uh- Aro vibrou.
- Eu não acredito que você está duvidando que eu te amo.- disse chocado.
- Não é isso...
- Então o que é? Você acha que sendo imortal eu iria te amar? Eu já te amo Bella, ou amava – olhei para baixo decepcionado. – Eu nunca esperei isso de você.
Ela olhou para aterrorizada, não sabia o que pensava.
mandou a ela alguma mensagem e ela pareceu pensar. Olhou para Jacob, para mim, para Aro, Caius e Marcus.
- Me desculpe – sussurrou – Eu não queria te fazer mal Edward, de verdade, mas ela é imortal, você é imortal... Eu quero ser imortal- murmurou. O que? Ela tinha decidido isso? Eu não conseguia encaixar as peças, pedi ajuda a , mas ela disse que tentou.
Jacob parecia tão incrédulo quanto eu.
- É... Mas se vocês transformarem-na eu os mato- ele falou quase inaudível.
- Não fale isso Jake- ela implorou. – Eu tomei a decisão, já te falei isso.
- Mas...- ele pensou mais um pouco, ele não poderia mata-los, eles eram mais fortes.
- Bom... Temos um acordo – Aro sorriu vitorioso. – Deseja fazer isso aqui querida?
- Bella, não faça isso. – ela caminhou até Aro.
- Aqui não. – falou quase sem forças, eu não sabia mais o que fazer. apareceu do meu lado e me abraçou, ela sabia o que eu sentia, mas não poderia fazer nada. Eu conhecia as regras, não poderia matar os Volturi sem motivos, transformação voluntária não era um dos motivos.
- Por que não fazem nada?- Jake bufou tremendo ao nosso lado.
- Jake, eu não posso, eu só faço justiça. Lembra do livro de regras?- ele assentiu – Eu não posso mata-los, porque Bella pediu isso.
- Mas que coisa estúpida. – ele berrou. Jacob ia se transformar. Caius e Marcus se alarmaram
- O que ele é?- gritou Caius. apavorada agarrou Jake, ela o abraçou forte e vi seus tremores pararem. Ele estava em pânico. Bella havia sumido, eu deixei isso acontecer mesmo? Como pude ter sido tão fraco?
- Tire-o daqui- Caius mandou, o olhou com raiva, mexeu com a cabeça e Caius havia sido arremessado no ar batendo as costas no chão.
- Cale a boca- ela murmurou tirando Jake dali, eu não sairia, não depois de Bella.
Cada minuto naquela sala me fazia mais acabado, sem poder fazer nada, decepcionado e ainda sim esperando que ela saísse de lá feliz, e viva. Mas então eu ouvi um grito. Caius riu e eu corri até a porta até agora fechada, ao entrar encontrei Bella caída em uma cama, ela sangrava enquanto fechava os olhos. Então estava feito, o veneno fluía em seu corpo, e a transformação estava começando. Agora eu não sabia mais o que fazer.
9 comentários:
Amei!!! senti cada sensação, eu me senti a própria feiticeira.
A Bella é uma estúpida!!!!!!! Argh! Por culpa dela, agora os Volturi sabem do Jake, e isso ainda vai dar merda D:
Queria mesmo que a PP matasse ela, só pela enorme burrice! Argh!
gente como eu detesto esse ridicula idiota e sem sal da Bella.. como alguem pode ser tão estupida??? Ninguem merece
Eu detesto a Bella, mas eu adoro a fic...
até o proximo cap.
Bjus
Cara como eu odeio essa Bella que songa credo a fic e simplismente petrfeita a melhor fanfic do crepusculo que ja li contt super rapido pfv
queria que a vaca da bella morresse e edward seguisse em frente
O ódio direcionado para a Bella é bem explícito aqui, hein? Fazer o que se aquela grande idiota merce todos os xingamentos da face da terra!? Sério! Essa garota tem problema! Kkkkkk Merece uns tapas pra acordar pra vida!
Ai ai Jacob, i love you ❤! kkk
Estou amando! Espero que poste mais logo!
Beijos e até mais!
OMG....Que fic perfeita, estou amando,serio mesmo......
Continuaaaaaa logooooo pf pf Ok?! - Bjss <3 <3
Ameiii,por favor continuuuuaaaaaa
Bjss !!!
Meu Deus, preciso de uma continuação <3 Que história intrigante <3