The Hills Run Red
Posted in SupernaturalCapítulo Um
- , respira e coloca – me dava uma pílula minúscula.- Mas isso? – indaguei.
- Você quer que passe a merda da dor ou não? – choraminguei já que ela estava com a razão no momento, a senhora das razões.
- Me dá logo isso- tomei o quase inexistente remédio de sua mão e ela bufou.
Coloquei-o devagar embaixo da língua e assim que ela encostou-se a ele, um gosto amargo e nojento veio até minha garganta.
- ISSO TEM GOSTO DE SAPATO PODRE! - berrei com a língua meio presa, fazendo de tudo para que o remédio não fosse engolido.
- Segura firme mana, seja forte. – nosso drama começou, ela segurou a minha mão rindo e eu fazia caras e bocas.
- Maldito médico da Cuba. – resmunguei – Tomara que ele caia num poço de bosta.
- ! – me repreendeu.
- O que?- a encarei.
- Bosta de cavalo, pelo menos. – rimos.
- Espero que essa dor passe logo – sacudi os braços tentando jogar o gosto do remédio pra longe.
- Temos muita coisa a fazer, o médico disse que ele tira a dor, então vamos logo com isso – ela pegou o notebook e o apoiou em sua perna. – Olha isso aqui. – olhei pra tela e vi um cartaz de um filme de terror.
- Sério? Você quer ir ao cinema quando eu estou com uma inflamação no ouvido? – revirou os olhos.
- Esse filme foi lançado há uns anos atrás, acho que uns vinte anos na verdade... Bom, acontece que ele foi tirado dos cinemas antes de completar uma semana.
- Por quê? – me sentei de frente pra ela, seus olhos brilharam e ela me mostrou um trailer. Era muito esquisito, mortes, cortes, coisas sem sentido. – Já entendi, muito violento.
- Não só muito violento, os atores nunca mais foram vistos.
- Tá querendo dizer que...
- Eu acho que essas mortes não foram uma ficção. – olhamos juntas para o vídeo bem na hora em que uma mulher estava presa entre duas arvores e fora cortada ao meio.
Meus pelos se enrijeceram e fez careta.
- E como você sabe que é um dos nossos? – murmurei.
- É só você dar uma olhada no nosso serial killer. – Realmente, eu não precisei de muito tempo para saber que aquele cara não era um humano, sério, ele usava uma máscara, tinha quase 3 metros e... Seus olhos ficaram amarelos.
- ... – parei o vídeo – , é o demônio de olhos amarelos.
- Talvez não haja somente um. – ela ponderou.
Eu e , minha irmã, somos conhecidas por caçadoras. Nossos pais eram antes de nós, e crescemos com seus ensinamentos, até, é claro, em uma de suas caçadas nosso pai acabar morrendo. E você se pergunta o que o demônio de olhos amarelos tem a ver com isso? Ele somente o matou, simples assim. Depois de 3 anos o procurando, nossa mãe já estava cheia de desgosto de si e desespero, não fazia ideia de como éramos dependentes dela, e ela se matou. Sem deixar uma carta, um beijo, nada. Eu tinha 14 anos quando isso aconteceu, com 10 ainda não entendia muita coisa, ela achava que nossa mãe estava dormindo, mas no velório... Acho que uma criança de 10 anos sabe muito bem o que é um velório.
Desde aquele momento, eu jurei a nós duas, que eu mataria aquele demônio com minhas próprias mãos, ele e qualquer demônio que aparecesse em nosso caminho.
Quando completamos os 20, ainda não tínhamos nada de demônio de olhos amarelos, vivíamos com um vizinho nosso que nos tratava como filhas. Decidimos então que era hora de seguirmos a vida, sozinhas, deixar o nosso velho Bobby respirar e irmos caçar mais afundo.
- E você está preparada para ir? – me joguei na cama tendo cuidado com o ouvido que ainda doía
- Não é como se desse para se preparar.
- Você está certa, depois de 14 anos eu ainda não sei o que fazer na hora. Eu acho que eu olharia bem nos olhos dele antes de atirar.
- , você sabe que não dá pra atirar nele assim.
- Tanto faz, ele ia sofrer de qualquer jeito. Como você pretende ir até ele sem ter a arma certa?
- É por isso que antes vamos nos encontrar com alguém. – e seus planos ocultos, eu não sei o que ela planejava, mas se tinha um grupo que já tivesse a arma, esse grupo era os irmãos Winchester’s.
Las Vegas - 23:34
- Ah, qual é Sam, vamos nos divertir, o caso pode esperar.
- 16 pessoas mortas num cassino imenso? Você realmente acha que isso pode esperar? Nós temos muito a fazer, temos que queimar ossos, achar os corpos e evitar m...
- Você está me dando sono maninho. Não que isso seja novidade, mas dá um tempo. – Dean pegou as chaves do carro e a escorregou no bolso da calça. – Qualquer coisa me liga – ele fez uma careta e saiu do quarto pequeno do hotel. Quem diria que estaria de novo em Las Vegas, e agora Sam queria acabar com seu barato. Mas há muitos jogos que não precisam de apostas.
Ele entrou em seu Impala, já sabendo para onde iria. Arrancou com o carro e o doce som dos pneus cantando encheram seu ouvido de prazer.
Não demorou muito para que parasse em frente a um enorme cassino populoso, ele desceu do carro arrancando olhares femininos, Dean sabia muito bem o que causava nas mulheres, e era isso que ele usaria hoje.
Ajeitou o cabelo enquanto andava até a entrada do cassino. Um segurança o parou e pediu sua identidade, ele riu e ergueu o documento falso. Agora era só se divertir, assim que entrou no salão, viu nada mais nada menos que um mundo mais divertido. Isso é claro, até ele dar de cara com um espírito, e foi nesse momento que ele percebeu que não poderia fugir do trabalho.
- Merda. – o espírito passava despercebido entre as pessoas, ele olhava todos com um cuidado extremo. Assim que o mesmo parou, Dean estranhou, pois ele estava de frente para uma mesa de poker. O espírito se virou para Dean e sorriu, agora sim, ele estava lascado.
Mal pegou seu celular e o mesmo tremeu em sua mão. “Sam” dizia no identificador de chamada.
- Sam!- exclamou Dean
- O que houve? Eu liguei para avisar que sei qual Cassino está sendo assombrado.
- É, eu também. – Dean murmurou.
- Você foi lá?
- Vamos dizer que eu estou aqui, e um espírito muito bizarro acabou de sorrir pra mim.
- Eu já to indo – Sam se apressou em dizer.
- Ótimo – Dean falou já guardando o celular.
- Dean Winchester- ele ouviu uma voz familiar e se virou. Tomou um susto quando se deparou com e , e ele devia admitir que elas pareciam mais gostosas que da última vez.
- WOW- exclamou – Por favor, meninas, aqui meu nome é Silvester!
quase se engasgou de rir e bateu em sua barriga.
- Não podia ser um nome mais normal? – Dean revirou os olhos e ignorou o comentário da irmã mais velha.
- Estamos aqui porque precisamos da sua ajuda.
Dean encara as duas, um pouco chocado.
- Então vocês pensaram na minha proposta de um ménage? – Elas se entreolharam rindo e deu um tapinha no ombro do mesmo.
- Não dessa vez garanhão.
- Então quer dizer que talvez da próxima?- quase pulou no infeliz, ela estava ali por algo muito sério.
- Queremos a Colt – foi curta e grossa, Dean esbugalhou os olhos antes de dar uma alta risada.
- Vocês só podem estar brincando – as meninas continuavam tão sérias que Dean parou de rir instantaneamente. – Isso é sério?
- Mais sério que aquele espírito que está te olhando – apontou para o tal espírito e Dean voltou a realidade.
- Meninas, podemos conversar depois? Eu estou meio ocupado.
- Ah claro – revirou os olhos. – Você já devia saber que os ossos estão num depósito à 2km e eles estão atrás de impostores de jogos.
- O que...
- Nós realmente precisamos dela. – continuou. – Ligue pra Sam e peça pra que ele queime os ossos.
Dean ainda confuso, seguiu os passos que as garotas diziam, elas falaram o endereço e Sam já estava num táxi indo até lá.
- Ok, o que vocês querem com a Colt? Não podemos simplesmente dá-la a qualquer um.
- Bom, acontece que depois de tantos anos... Nós achamos outro demônio de olhos amarelos.
- OI? Eu mal matei um há um mês!
- Isso é sério Dean – o encarava tão séria que seus olhos azuis pareciam escurecidos.
- Ele está em Warrenton.
- Warrenton? Oregon? Isso é longe!
- Demais, e nós vamos até ele. Por favor, Dean – fez uma voz pidona e ele encarou as duas um pouco incerto do que falar.
- Eu e Sam vamos. – disse firme. As irmãs se entreolharam e enfim cederam, elas precisavam da arma, se essa era a condição, que fosse.
Capítulo Dois
e estavam sentadas nos bancos da frente do Chevelle SS de . Ele era de um azul brilhante e parecia novinho em folha. Crescendo com Bobby, um mecânico e tanto, as meninas aprenderam muito sobre carros.Às vezes e Dean se encontravam na oficina de Bobby e se perdiam em conversas sobre motores e cavalos de cada carro.
Eles se conheciam há anos. Sam e Dean eram muito especiais para Bobby, assim como e , mas eles sempre preferiam manter distância.
- Você lembra da última vez que trabalhamos com os Winchesters? - quebrou o clima tenso no carro e viu sua irmã se remexer desconfortável no banco de motorista. Ela sabia que estava sentido dor no ouvido, mas ela era bem durona e com os medicamentos, logo passaria.
- Eu não me lembro.- ela deu fez uma curva bem aberta para a pista que dava para o cemitério.
- É porque nunca aconteceu. Nunca.
- Você está sendo um pouco dramática. Eu sei que Dean é uma alma perdida, mas Sam é legal e eu me lembro muito bem do que aconteceu a vocês na ultima vez que se viram.- riu maléfica e olhou de canto de olho sua irmã corar como um pimentão. limpou a garganta e se virou para a janela. Não dava pra discutir com a primogênita sobre aquilo, elas se conheciam muito bem e se mentisse, ia virar piada até o final da missão (a qual ela fazia questão de sobreviver para contar a história).
-Isso mesmo, sem discussões.- riu mais um pouco e logo avistou o portão, no meio do nada, do cemitério.
Sam estava em pé com uma mochila em mãos. Ele havia pego um táxi para lá e não havia pensado em como voltar. Estava sem sinal de telefone e Dean até agora não havia aparecido.
Ele olhou para o carro azul metálico que parara a sua frente, mas a lanterna do carro estava muito forte e não conseguia enxergar quem dirigia.
Colocou o braço por cima dos olhos e forçou a vista.
- Ora, olha só o caçador abandonado.- abriu a porta e se pendurou no teto do carro. - Entra aí Sam, tá esperando o que?
- ? Nossa!- ele correu para o carro e parou por um momento para encarar que o olhava um pouco desconfortável. Ele abriu a porta do banco de trás e entrou no carro passando a mão pelos cabelos agora compridos.
- Olá Sammy- se virou para ele e deu-lhe um sorriso. Sam ficou bobo em vê-la, aquelas meninas sempre chamaram toda a atenção de qualquer lugar que fossem. era muito branca, com cabelos longos e sedosos, seus cabelos eram tão negros que seu rosto parecia ser feito de porcelana. Ela tinha olhos azuis intensos e uma covinha do lado direito da bochecha. Olhando para ela, era possível ver a mulher que ela se formara. Elas passaram por muitas dores e coisas que nenhuma menina jamais imaginaria aguentar.
Já ... tinha cabelos claros, mas escuros demais para serem louros. Ela tinha a cor dos olhos da irmã, mas eles eram um pouco mais puxados e seus lábios tão parecidos com de que era quase impossível não vê-las como irmãs. Mas elas eram muito diferentes. Os olhares de eram mais suaves e o formato de seu rosto um pouco mais fino, sem contar que a voz de era um pouco grave e forte enquanto tinha uma voz fina e baixa.
- O que vocês duas estão fazendo aqui? Já faz mais de 3 anos!
respirou fundo antes de se virar para trás e olhá-lo. Ele estava lindo, com cabelos que iam até a orelha e olhos tão maduros... Não! Pensou ela. Ela não podia olhar para ele e lembrar do passado.
- Trabalhos e trabalhos- tentou sorrir.
- E agora vocês vão nos ajudar. Dean foi buscar suas coisas no hotel. Hoje vamos a Warrenton, condição de seu irmão. Vocês vão nos ajudar a achar o demônio de olhos amarelos.
Sam parecia confuso, ligou o carro e manobrou de volta para a cidade.
- Dean o matou.
- É outro.- passou a folha imprimida da foto do grandalhão de olhos amarelos. Sam quase mordeu a língua e assentiu entregando o papel de volta.
- Tudo bem. Acho que todos merecem uma chance de matar um deles.
- Eu realmente espero que você esteja certo. – Sam não comentou nada após isso. Ele sabia que as irmãs Austen tinham um passado tão obscuro quanto o deles. Pelo menos eles puderam ver seu pai recentemente. Já elas... Sam encarou a estrada escura até que chegassem ao ponto de encontro, onde ele teve o grande prazer de ir para o carro de Dean. Era bom não ficar naquele clima tenso por muito tempo.
Dean, ao contrário de Sam, estava bem animado com o encontro. Ele não parava de falar quão gata estava e parecia ter sido ontem o dia em que ele quase a teve em sua cama.
- Cara, você precisa relaxar. não é uma das garotas que você encontra nesses bares.
- Olha quem fala. Como foi mesmo que o Bobby te expulsou da casa dele naquele dia? Você estava coberto só por um lençol não é?
Sam ficou sério. Ele lembrava. Mas aquilo acontecera muito antes de Jessica e ele ainda era um adolescente.
era uma garota linda desde sempre, e eles costumavam passar altas horas juntos quando John saía por algumas noites e deixava os meninos com Bobby.
Eles tinham 16 anos quando decidiram que estavam apaixonados e bom, acabaram se envolvendo na casa de Bobby, onde as meninas dormiam. O resto era conhecido. Bobby chegou cedo em casa, encontrou os dois dormindo agarradinhos na cama e expulsou Sam com uma chave de fenda basicamente pelado.
e Sam não se viram muito depois daquilo. Eles sempre se mudavam com o pai e quando passavam por lá, ficavam em algum hotel da cidade e só iam para a oficina buscar algo com Bobby.
Talvez eles não estivessem tão apaixonados assim.
Mas Sam sabia que Dean só queria irritá-lo então logo mudou de assunto.
- Você acha que ele é real?
- O cara de olhos amarelos?- Dean deu ombros- Elas acreditam que sim, e eu sei o que faria se estivesse em seu lugar.
- Você já esteve, e acabou em tragédia.
- Nossa vida é uma tragédia, não é?
- Você falou com Castiel?
- Ele tem problemas maiores. – Qual problema um anjo poderia ter? Sam se acomodou no banco e decidiu que estava cansado demais e precisava dormir.
Já no carro das meninas. se remexia desconfortavelmente no volante.
- Ainda sentindo dor?- a encarava, apreensiva.
- Sim, um pouco. – a irmã lhe deu outra pílula e fez uma careta colocando-a na boca sem drama dessa vez.
- Quanto tempo falta para chegarmos?
- Não sei. Umas 36 horas? Warrenton fica do outro lado do país.
- Ótimo. Três dias com eles.
- Vamos tentar ficar o maior tempo possível na estrada.
- Vamos chegar em Warrenton em quatro dias. Ele pode já ter ido embora.
- Nós duas sabemos que ele está lá há anos. Não é agora que ele vai embora.
- Tudo bem. Só estou estressada. - olhou preocupada para a irmã que estava virada para a janela, apoiando o queixo no cinto de segurança. Será que seria uma boa ideia fazer ficar perto de Sam? Ela sabia muito bem o que a irmã ainda sentia pelo Winchester.
O carro deles estava um pouco atrás delas e ela sabia que Dean fazia isso de propósito. Ele sempre a deixava ir na frente.
5 comentários:
Gente amei! Quero a continuação, que isso! *-*
Continua por favor! é muito boa
continua a sua fic é muito boa continua
essa fic tem tudo pra ser uma das melhores de spn... PFV continuaaa
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